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Como Sarto, Elmano e Lula são avaliados na Capital
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Escreve sobre política, seus bastidores e desdobramentos na vida do cidadão comum. Já foi repórter de Política, editor-adjunto da área, editor-executivo de Cotidiano, editor-executivo do O POVO Online e coordenador de conteúdo digital. Atualmente é editor-chefe de Política e colunista

Érico Firmo política

Como Sarto, Elmano e Lula são avaliados na Capital

Notas sobre a pesquisa Datafoilha em Fortaleza
Elmano, Sarto e Lula (Foto: AURÉLIO ALVES)
Foto: AURÉLIO ALVES Elmano, Sarto e Lula

O POVO divulgou pesquisa Datafolha sobre as avaliações do prefeito José Sarto (PDT), do governador Elmano de Freitas (PT) e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Fortaleza. Números mais relevantes em ano de eleições municipais, como indicativos de potencial de voto e influência — embora, como bem lembrou o colega Guálter George, o eleitor não necessariamente votará em quem governantes de outras esferas apoiarem. Dito isto, a pesquisa tem três informações que julgo mais relevantes:

1) Sarto melhorou, mas ainda segue mal. Avaliações negativa e regular caíram e a positiva subiu. Mas, ainda tem desaprovação bem maior que aprovação.

2) Para Elmano, cresceram tanto a avaliação positiva quanto a negativa, enquanto a regular diminuiu. Natural. O Datafolha anterior era de maio do ano passado. O governador estava no quinto mês de mandato. As pessoas não tinham ainda formado juízo, nem para bem nem para mal. Agora, tem 32% de Ótimo e bom e 25% de ruim e péssimo. Está mais para positivo que para negativo, mas é pouca aprovação e muita reprovação para quem está no cargo há um ano e três meses.

3) Lula tem 42% de ótimo e bom e 29% de ruim e péssimo. Melhor que na média nacional. Mas a avaliação negativa mostra a força bolsonarista em Fortaleza, apesar da inclinação de esquerda majoritária.

Coitados dos bichos

O cachorro ou jumento que depender da Secretaria da Proteção Animal do Governo do Estado está numa enrascada. A pasta tem recebido tratamento que, se fosse dado a algum bicho, era caso de denúncia por abandono ou negligência. Dá razão às críticas do ex-senador Tasso Jereissati (PSDB), que tem sido o mais recorrente crítico do número de pastas existentes no Estado.

O deputado federal Célio Studart (PSD) não esquenta cadeira. A secretaria teve criação aprovada em julho, mas o secretário só foi nomeado mais de um mês depois — depois que o partido dele anunciou o rompimento com o prefeito José Sarto (PDT). Na prática, nada aconteceu, pois os vereadores seguiram votando com o partido e os secretários da legenda ficaram nos cargos. Mas houve o gesto político e o anúncio de que o PSD não apoiará a reeleição de Sarto. Ficou a cara e o cheiro de órgão criado só para acomodação política.

Em novembro, pouco mais de dois meses depois, Studart foi exonerado. Voltou à Câmara dos Deputados para cuidar das emendas orçamentárias. Mas, depois de o Orçamento já estar resolvido, ele seguiu afastado, no recesso parlamentar e reinício dos trabalhos. Voltou só em março. Passou duas semanas e saiu de novo. Fará uma viagem oficial pela Câmara. E quer concorrer a prefeito, então precisaria mesmo se afastar, então já foi no embalo.

O cerne do problema

Célio tem se incomodado com as críticas. Como se o problema fosse ele supostamente estar recebendo sem trabalhar — o que não é o caso — ou se estivesse de férias — o que também não ocorre. O problema é ele largar a secretaria a todo momento. Ficou mais tempo fora do que no cargo. Uma pasta nova, que precisa ser estruturada, e não é tratada como prioridade pelo político do Ceará mais identificado com o assunto. O problema é a falta de dedicação à secretaria.

Tem gente que fica interinamente na função, que imagino até que seja competente. Mas, se não precisa do deputado como secretário, então que ele siga lá na Câmara. Não é possível que Célio ache que está tudo bem esse entra e sai. Fica com todo jeito de questão política, até porque o retorno do deputado tira do mandato o suplente Naumi Amorim (PSD), que recentemente rejeitou acordo para apoiar a candidatura governista em Caucaia, onde já foi prefeito e quer voltar.

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