Escreve sobre política, seus bastidores e desdobramentos na vida do cidadão comum. Já foi repórter de Política, editor-adjunto da área, editor-executivo de Cotidiano, editor-executivo do O POVO Online e coordenador de conteúdo digital. Atualmente é editor-chefe de Política e colunista
Foto: Samuel Setubal
URNAS eletrônicas das próximas eleições
A partir de hoje até 5 de agosto, os partidos deverão realizar as convenções para oficializar as candidaturas. A maioria deverá ficar para perto do fim do prazo. São duas semanas nas quais as indefinições que restam terão de ser resolvidas. Há decisões já tomadas e que aguardam apenas anúncio oficial, mas outras coisas estão indefinidas mesmo.
José Sarto (PDT) tem uma aliança menos complexa, mas também precisa resolver questões partidárias.
Quanto a Capitão Wagner (União Brasil) e André Fernandes (PL), ainda aguardam o desfecho de conversas nacionais quanto a um improvável, mas não impossível, entendimento.
Algumas dessas pendengas se arrastam há meses, até mais que isso. De agora não passa. Nas duas próximas semanas, o que tiver para ser revolvido terá de ser.
A disputa de Juazeiro
A eleição em Juazeiro do Norte será um dos maiores embates entre governo e oposição no Ceará. O prefeito Glêdson Bezerra (Podemos) terá entre os apoiadores partidos como PDT, União Brasil, PL e Novo, todos contra o PT. Em Fortaleza, cada um desses partidos terá uma candidatura. No Cariri haverá um dos maiores testes de forças entre os dois campos. O PT lançou o deputado estadual Fernando Santana (PT), que demonstrou certa hesitação em concorrer.
Até onde a defesa vai
Na reunião tornada pública esta semana sobre a defesa do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), na qual estava o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), chama atenção o fato de ninguém, em nenhum momento, dizer que as movimentações financeiras eram legais, estavam dentro da lei, tudo normal. Toda a conversa envolve anular o relatório de inteligência financeira da Receita Federal. As advogadas, Luciana Pires e Juliana Bierrenbach, até falam que não entram no mérito por entender que o processo é ilegal e não seria necessário avançar à denúncia em si. Juridicamente, faz sentido. Mas, nem na conversa reservada? Ninguém fazer nenhuma menção à conduta que está em questão, se ela é defensável. Ninguém cogitar a hipótese de a articulação para invalidar o relatório dar errado e o processo não ser anulado, se a defesa teria boas possibilidades ou não.
Ao contrário, o mais longe que se vai no mérito é Bolsonaro, ao falar da operação Furna da Onça, deflagrada em 2018, sobre esquema de corrupção que investigava deputados estaduais do Rio de Janeiro.
“O maior culpado na Furna da Onça é o Flávio. Os demais estão tranquilos. Aquele de R$ 49 milhões, ele representa a Alerj”, dizia o então presidente sobre o filho.
Roedores
O senador Flávio Bolsonaro minimizou a reunião. “O áudio mostra só as minhas advogadas comunicando as suspeitas de que um grupo agia com interesses políticos dentro da Receita Federal, com o objetivo de prejudicar a mim e a minha família”, disse em vídeo. Bem, mostra mais. Mostra as advogadas dizendo que não têm prova disso e pedindo para que o Serpro providencie. Tem ainda Bolsonaro as encaminhando para falar com o então secretário da Receita, e general Augusto Heleno dizendo que isso tinha de ser mantido “fechadíssimo”.
Flávio diz no vídeo: “A montanha pariu um rato”. Um não, vários.
É análise política que você procura? Veio ao lugar certo. Acesse minha página
e clique no sino para receber notificações.
Esse conteúdo é de acesso exclusivo aos assinantes do OP+
Filmes, documentários, clube de descontos, reportagens, colunistas, jornal e muito mais
Conteúdo exclusivo para assinantes do OPOVO+. Já é assinante?
Entrar.
Estamos disponibilizando gratuitamente um conteúdo de acesso exclusivo de assinantes. Para mais colunas, vídeos e reportagens especiais como essas assine OPOVO +.