Escreve sobre política, seus bastidores e desdobramentos na vida do cidadão comum. Já foi repórter de Política, editor-adjunto da área, editor-executivo de Cotidiano, editor-executivo do O POVO Online e coordenador de conteúdo digital. Atualmente é editor-chefe de Política e colunista
Como parte da política de redução de despesas, a gestão Evandro Leitão (PDT) da Prefeitura de Fortaleza está de olho nos valores de aluguéis pagos pelas sedes de secretarias. Os contratos estão sob reavaliação. Há valores considerados caros demais.
Secretarias no Centro
A intenção do prefeito é levar o máximo de órgãos municipais para o Centro, como forma de ocupação, de estimular o fluxo de pessoas e estimular o comércio.
Câmara no Centro
O presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, Leo Couto (PSB), fala em mudança de sede do Poder Legislativo e cogita o Centro como opção, inclusive estimulado pelo prefeito.
Discurso repetido
Vários outros presidentes da Câmara também falaram em nova sede. Em geral, por ser o lugar óbvio, a opção mencionada é o Centro. Em 2019, o Estado cedeu o prédio do antigo Lord Hotel, ao lado do Theatro José de Alencar, para receber a Câmara. Era uma bela ideia e uma forma de viabilizar investimento para o restauro de prédio histórico e deteriorado. Mas, acabou-se entendendo que a obra seria muito cara e complicada. No ano passado, o Município devolveu o Lord ao Estado. O destino do equipamento parece na casa do sem jeito.
Indução da ocupação
A definição do local de equipamentos públicos deve mesmo levar em conta aspectos urbanísticos e ser indutora da ocupação dos espaços. A rigor, o ideal é que os órgãos não fiquem mudando de um lado para outro. O gabinete do governador era no Palácio da Luz, na Praça dos Leões, mudou para o Palácio da Abolição nos anos 1980, foi para o Cambeba, depois para o Palácio Iracema, perto do Iguatemi, e voltou ao Abolição. Tudo exigindo reformas e despesas públicas. A Prefeitura era no Palácio do Bispo, foi para a Serrinha na década de 1990, depois para a Vila União, até voltar para o Palácio do Bispo.
Órgãos públicos não devem ficar de um lado para outro. Sedes de poder, principalmente, devem ser referências à população. O atual prédio da Câmara foi inaugurado em 2004. Mal fez 20 anos.
A Monsenhor Tabosa de Evandro
Escrevi ontem sobre mobilidade e rodoviarismo na gestão Evandro. Tem a ver com o tema a ideia do prefeito para a avenida Monsenhor Tabosa. Quer torná-la 24 horas e coberta. “Nós vamos fazer. Só não sei se o começo é agora, no primeiro ano. Nos quatro anos, nós vamos fazer”, disse Evandro. É uma bela ideia. Nada tem mais impacto para a imagem de um prefeito quanto as marcas urbanas que deixa — positivas, de preferência. A intervenção é viável, em tese, sem custo muito elevado e ainda poderia contribuir para reerguer um polo que está em crise há muito tempo. O projeto, conforme o prefeito, está em formulação. A inspiração é a Rua Coberta de Gramado. É um espaço muito legal, com bares e restaurantes. Pulsa na noite de Gramado. Mas, uma questão sobre a Monsenhor Tabosa. Na Rua Coberta não passa carro. É apenas para pedestre. No caso da Monsenhor Tabosa, o trecho iria, em princípio, do Seminário da Prainha à rua João Cordeiro. Não vai passar carro na Monsenhor Tabosa? O prefeito, em relação ao Centro, vai na direção contrária, ao liberar para estacionamento espaços que hoje são de pedestres. Por outro lado, passará carro numa Monsenhor Tabosa coberta? São questões em aberto.
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