Escreve sobre política, seus bastidores e desdobramentos na vida do cidadão comum. Já foi repórter de Política, editor-adjunto da área, editor-executivo de Cotidiano, editor-executivo do O POVO Online e coordenador de conteúdo digital. Atualmente é editor-chefe de Política e colunista
Investigação dos Estados Unidos, a pretexto de defender Bolsonaro, mira o Pix, que foi lançado quando Bolsonaro era presidente, embora ele nem soubesse o que era
Foto: JIM WATSON/AFP
BOLSONARO recebido por Trump na Casa Branca, em março de 2019
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que não é amigo de Jair Bolsonaro (PL). "É alguém que conheço". Foi quase: "Já vi passando na rua" ou "peguei ônibus com ele". A intenção era fazer uma defesa, dizer que não era por afinidade pessoal que agia — embora esteja evidente se tratar, sim, de convergência política. Mencionou a honestidade do aliado, disse ser alguém que defende os interesses dos brasileiros. Falou que o ex-presidente brasileiro era um negociador muito duro. Ave Maria, pense num cara que colocou o americano contra a parede. Eu gostaria de ver os resultados dessa incisiva postura diplomática de que ele falou.
Pois bem, nas redes sociais, Bolsonaro disse que é apaixonado por Trump. Também pelo povo dos Estados Unidos e pela política daquele país. É o que chama de relacionamento tóxico.
Pesquisas AtlasIntel e Quaest divulgadas nesta semana mostram que a guerra tarifária contra o Brasil conseguiu aquilo que a atuação e a comunicação do governo Lula tentavam e não conseguiam desde o começo do ano: melhorar a popularidade do petista.
Na investigação contra o Brasil aberta pelo Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos, um dos alvos citados é o Pix. A propósito, a atual crise de imagem do Planalto tem como marco inicial o monitoramento de transações via Pix.
Trata-se de uma ferramenta de pagamento amplamente difundida, usada de forma generalizada. Segundo o escritório americano: 'O Brasil também parece se envolver em uma série de práticas desleais com relação a serviços de pagamento eletrônico, incluindo, entre outras, aproveitar seus serviços de pagamento eletrônico desenvolvidos pelo governo'.
Vale lembrar, o Pix vinha sendo desenvolvido desde antes, mas o serviço foi lançado para uso pela população na época em que Bolsonaro estava no poder. Se foi desleal, o governo dele teve parte importante. Na época do lançamento, ele foi perguntado sobre o assunto e demonstrou que não sabia nem o que era. O que não o impediu, posteriormente, de tentar usufruir politicamente. Assim como aliados, como Nikolas Ferreira.
Trump disse que não é amigo de Bolsonaro e ilustra isso ao, na ofensiva lançada com argumento de defender o ex-presidente, questionar uma ferramenta usada por muitos brasileiros, bastante popular e que foi lançada no governo do ex-chefe do Poder Executivo. Seria difícil fazer mais mal ao aliado.
Curso Novos Talentos abre inscrições para estudantes de Jornalismo
Estão abertas, até o dia 19 de julho, sábado, as inscrições para a nova edição do curso Novos Talentos, promovido pela Fundação Demócrito Rocha (FDR) em parceria com o Grupo de Comunicação O POVO. Considerado o principal programa de formação e seleção de novos profissionais para o Grupo, o curso é voltado para estudantes de Jornalismo a partir do 3º semestre. O processo seletivo inclui provas de Português e Atualidades e Redação, além de um ciclo de palestras com profissionais da área.
Os 10 alunos selecionados terão a oportunidade de passar por um treinamento prático de três meses nas diferentes editorias do O POVO e da rádio O POVO CBN, sob a supervisão dos jornalistas Plínio Bortolotti e Daniela Nogueira. As inscrições devem ser feitas exclusivamente pelo site fdr.org.br/novostalentos
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