Escreve sobre política, seus bastidores e desdobramentos na vida do cidadão comum. Já foi repórter de Política, editor-adjunto da área, editor-executivo de Cotidiano, editor-executivo do O POVO Online e coordenador de conteúdo digital. Atualmente é editor-chefe de Política e colunista
Pobrezinha da deputada que estava foragida. Presa só por manipular de forma fraudulenta o arquivo do Judiciário. Só porque, de forma confessa e deliberada, descumpriu resolução do Judiciário. Apenas por perseguir homem com arma em punho no meio da rua
Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados
CARLA Zambelli está presa na Itália
“É muita perseguição e maldade com ela”, teria sido a frase do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) diante da notícia da prisão de Carla Zambelli (PL-SP). Quem relatou foi o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ).
Sabe pelo que a pobre perseguida foi condenada? Por participar de invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ela teria participado da ação para inserir falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
“Expeça-se o mandado de prisão em desfavor de mim mesmo, Alexandre de Moraes. Publique-se, intime-se e faz o L”, dizia o documento fraudulento. A Polícia Federal encontrou com ela arquivos que foram inseridos pelo hacker no sistema do CNJ. A investigação concluiu que o objetivo era atingir a credibilidade do Poder Judiciário.
Coitadinha da perseguida, não é mesmo? Querem prendê-la só por invadir o sistema da Justiça brasileira e inserir uma falsa ordem de prisão. Não é crime de opinião ou político, embora a motivação fosse política. Trata-se de falsidade ideológica.
Faço uma sugestão. Tenta fazer isso nos Estados Unidos, a nova pátria-mãe do bolsonarismo. Invade o sistema da Justiça e insere um documento. Vê como eles vão achar graça.Olha o que aconteceu com Julian Assange. Como acharam divertido quando ele divulgou documentos vazados.
A perseguida também é ré por ter, ela, perseguido um homem em via pública, com arma em punho, na véspera da eleição Quando estava em pleno vigor resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que proibia portar arma 24 horas antes e 24 horas depois da eleição. A parlamentar deliberadamente decidiu descumprir a resolução. E achava que estava tudo bem.
Pobrezinhos, tão perseguidos. Só porque manipulam de forma fraudulenta o arquivo do Judiciário. Só porque, de forma confessa e deliberada, descumprem resolução de corte superior. Apenas por acossar homem com arma em punho no meio da rua.
É da mesma natureza do pessoal que imaginou que podia depredar os poderes da República, destruir o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal, e ficar tudo por isso mesmo.
Ora, vou te contar. O que essa gente gosta muito é de defender criminoso. Adora impunidade. Quer ver quem descumpre a lei escapar sem punição.
Reclamam que o “pessoal dos direitos humanos” defende bandido. Mas nunca ouvi dizer que alguém que cometeu um crime não deve cumprir sentença. O que percebo é a defesa de condições dignas, adequadas, humanas para o cumprimento da pena. Mas Bolsonaro, para os dele, quer é impunidade mesmo, mesmo com crimes escancarados.
Facções e política
A plataforma O POVO+ lançou o documentário Guerra Sem Fim: Facções e Política, que revela como o crime organizado vem expandindo sua influência na política cearense, expondo casos como o do prefeito reeleito de Santa Quitéria, Braguinha (PSB), preso antes de tomar posse por suposto envolvimento com facção criminosa. Dirigido pelo jornalista Demitri Túlio, o média-metragem traz depoimentos do promotor de justiça Adriano Saraiva, do Grupo de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), que atua no Ceará por meio do Ministério Público do Estado Ceará (MPCE), além de políticos, advogados e jornalistas, ampliando o trabalho investigativo iniciado nas webséries sobre facções no Estado. O filme pode ser acessado aqui
É análise política que você procura? Veio ao lugar certo. Acesse minha página
e clique no sino para receber notificações.
Esse conteúdo é de acesso exclusivo aos assinantes do OP+
Filmes, documentários, clube de descontos, reportagens, colunistas, jornal e muito mais
Conteúdo exclusivo para assinantes do OPOVO+. Já é assinante?
Entrar.
Estamos disponibilizando gratuitamente um conteúdo de acesso exclusivo de assinantes. Para mais colunas, vídeos e reportagens especiais como essas assine OPOVO +.