Como se moveu a bancada cearense na semana que abalou a Câmara
clique para exibir bio do colunista
Escreve sobre política, seus bastidores e desdobramentos na vida do cidadão comum. Já foi repórter de Política, editor-adjunto da área, editor-executivo de Cotidiano, editor-executivo do O POVO Online e coordenador de conteúdo digital. Atualmente é editor-chefe de Política e colunista
Em relação à blindagem, foi maciçamente a favor: 15 pró e 4 contra, com três ausências (no 1º turno). Os únicos contrários foram Célio Studart e Luiz Gastão (ambos do PSD), nos dois turnos, e Luizianne Lins e José Guimarães (os dois do PT), no primeiro turno de deliberação.
Sobre a urgência para a anistia, o cenário foi diferente. Foram 12 contrários e 7 a favor. Os três deputados do PL, como seria de se esperar, apoiaram a proposta. Do União Brasil, foram dois dos quatro deputados a favor, de Danilo Forte e Dayany Bittencourt. Fernanda Pessoa foi contra e Moses Rodrigues não votou.
Outro posicionamento pela urgência foi de AJ Albuquerque, do Progressistas. Interessante porque ele é da mesma federação do União Brasil e preside o partido. Ele e a família são defensores da aliança com o PT no Ceará. O pai dele, Zezinho Albuquerque, é secretário das Cidades do governo Elmano de Freitas (PT). E o sétimo voto para a proposta foi de Luiz Gastão — na véspera, um dos únicos votos persistentes pela PEC da Blindagem. Algo randômico.
A bancada estadual na Câmara tem maioria governista no Estado, mas em relação a questões nacionais adota posições que podem variar bastante. O Estado saiu da eleição passada como um dos mais lulistas do Brasil, mas isso não significa necessariamente alinhamento no Congresso Nacional.
Belo acordo
Foram a favor da PEC da Blindagem 12 deputados do PT no País. Houve o argumento de que seria um gesto para que o centrão não votasse anistia a Jair Bolsonaro e outros condenados por golpismo. Até agora, deu muito errado.
Rueda se torna alvo da PF na semana seguinte ao périplo por Fortaleza
Antônio Rueda, presidente do União Brasil, foi acusado de ser proprietário de aeronaves que seriam usadas pela facção criminosa PCC. Ele passou a ser alvo da Polícia Federal na operação Carbono Oculto. O assunto precisa ser investigado e o que se sabe até agora é o que afirma o denunciante, um piloto. Não se pode partir da ideia de culpa.
O caso veio à tona após o fim de semana em que Rueda foi a estrela da política cearense, paparicado tanto pela base aliada quanto pela oposição, todos em busca de mostrar que está perto de assegurar o partido ao seu lado.
Temática persistente
Irônico, e triste, o fato de ser levantada em relação a Antônio Rueda a suspeita de relação com uma facção na mesma semana em que a organização criminosa rival, o Comando Vermelho, festejou com foguetório o controle territorial de Fortaleza.
Às vezes parece que não há assunto no cotidiano cearense que não seja perpassado pela questão.
É análise política que você procura? Veio ao lugar certo. Acesse minha página
e clique no sino para receber notificações.
Esse conteúdo é de acesso exclusivo aos assinantes do OP+
Filmes, documentários, clube de descontos, reportagens, colunistas, jornal e muito mais
Conteúdo exclusivo para assinantes do OPOVO+. Já é assinante?
Entrar.
Estamos disponibilizando gratuitamente um conteúdo de acesso exclusivo de assinantes. Para mais colunas, vídeos e reportagens especiais como essas assine OPOVO +.