Escreve sobre política, seus bastidores e desdobramentos na vida do cidadão comum. Já foi repórter de Política, editor-adjunto da área, editor-executivo de Cotidiano, editor-executivo do O POVO Online e coordenador de conteúdo digital. Atualmente é editor-chefe de Política e colunista
Ainda sobre o assunto da coluna de ontem, acerca das articulações governistas para a sucessão municipal em Fortaleza. As eleições de 2020 serão cruciais para 2022. Toda eleição sempre ecoa na campanha seguinte, em maior ou menor grau. No grupo Ferreira Gomes, o candidato natural a governador daqui a três anos é Roberto Cláudio (PDT). Isso é dito sem meias palavras pelos líderes do grupo.
Caso não faça sucessor, Roberto Cláudio não sai do páreo, mas perde força.
Aliás, sem a Prefeitura da Capital, o próprio grupo Ferreira Gomes se enfraquece para 2022. Tanto para manter o Governo do Estado quanto para o projeto presidencial de Ciro Gomes (PDT).
Por isso, a eleição é muito importante para o grupo. E mais ainda para o prefeito.
Nos primeiros movimentos de Cid Gomes (PDT) após anunciar a licença do Senado, a Capital não parece a prioridade. Ele também articula o Interior. Para Fortaleza, a falta de um candidato limita os movimentos. Os principais atores acreditam que decisões começarão a ser tomadas nas primeiras semanas de 2020.
Capitão Wagner (Pros) está mais adiantado nas definições - natural para quem está na oposição. RC, por sua vez, segue a cartilha de Cid, que recomenda adiar definições até o momento que julgar adequado.
Porém, está bastante óbvio que o grupo Ferreira Gomes, assim como o Paço Municipal, não estão dormindo nem ficarão assistindo Wagner montar seu palanque. O ano de 2020 começará quente.
Pressa para escolha
Se o candidato governista a prefeito for um nome de peso - Cid Gomes, por exemplo - essa definição pode até ficar para mais tarde. Porém, esse não é o quadro mais provável. Se for alguém sem tanta penetração perante o eleitorado - isso significa todas as alternativas que não seja Cid - é preciso colocar logo o nome na pista. É o que apostam nomes graduados do clã.
Sem passeio
Capitão Wagner larga com força, sem dúvida. Em 2016, fez eleição dura contra Roberto Cláudio, que estava na cadeira de prefeito em busca da reeleição. Porém, Wagner sabe que o candidato governista será páreo duro a ser batido. O nome que Roberto Cláudio lançar será competitivo - e isso os Ferreira Gomes sabem.
Por outro lado, o Capitão também, não será facilmente batido por nenhum nome. Ele também é competitivo. Cid Gomes é o candidato mais forte que o bloco governista pode lançar. Aliás, só não é mais forte do que o irmão, Ciro Gomes (PDT). Cid será favorito se entrar na disputa. O que não significa passeio, eleição certa. Uma disputa entre Cid e o Capitão não é favas contadas.
Cid é forte e mostrou isso com a votação estrondosa para o Senado. Mas, também é fato que tem rejeição. O Capitão, melhor que ninguém, personifica essa rejeição.
A eleição de 2020 em Fortaleza será dura. Aliás, todas as eleições na Capital depois de 1996 foram disputadas. Não há passeio como vez por outra ocorre nas eleições estaduais. No Município é diferente. Até a de 2008, vencida no primeiro turno pela maior aliança que a cidade já conheceu, não foi para o segundo turno por uma apertada margem. Mesmo com muita coisa indefinida, é possível afirmar que a campanha será bastante disputada.
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