Além de referência nazista, Alvim propôs delírio de controle do Estado sobre a arte
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Escreve sobre política, seus bastidores e desdobramentos na vida do cidadão comum. Já foi repórter de Política, editor-adjunto da área, editor-executivo de Cotidiano, editor-executivo do O POVO Online e coordenador de conteúdo digital. Atualmente é editor-chefe de Política e colunista
Além de referência nazista, Alvim propôs delírio de controle do Estado sobre a arte
Não há apenas uma concepção presunçosa, grandiloquente e cafona de arte. Há pretensão de impor essa estética. Um objetivo de que o Estado defina um padrão de arte. O que sair disso "não será nada"
Se possível fosse, faria um convite para esquecer por um breve instante que a frase de Roberto Alvim, agora ex-secretário nacional da Cultura, era a repetição de algo antes dito pelo ministro nazista da propaganda, Joseph Goebbels. Queria me ater apenas ao que Alvim propôs.
Após presunçoso, grandiloquente e cafona delírio a respeito de como imagina a arte brasileira na próxima década, conclui que ou ela será da forma como ele descreve "ou então não será nada".
Pera lá.
Não há apenas uma concepção tosca do que deve ser a "arte nacional". Há uma pretensão de impor uma estética. Um objetivo de que o Estado defina um padrão de arte. O que sair disso "não será nada".
É escandaloso.
E devia causar arrepios a liberais de verdade, se os há no governo.
O que disse Goebbels:
"A arte alemã da próxima década será heroica, será ferreamente romântica, será objetiva e livre de sentimentalismo, será nacional com grande páthos e igualmente imperativa e vinculante, ou então não será nada".
O que disse Alvim:
"A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional. Será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes do nosso povo, ou então não será nada".
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