Escreve sobre política, seus bastidores e desdobramentos na vida do cidadão comum. Já foi repórter de Política, editor-adjunto da área, editor-executivo de Cotidiano, editor-executivo do O POVO Online e coordenador de conteúdo digital. Atualmente é editor-chefe de Política e colunista
A paralisação dos policiais militares do Ceará completa 12 dias neste sábado. O movimento similar em 2012 durou a metade do tempo, seis dias. Em 1997, policiais militares pararam por dois dias e meio. É absurdo que tal situação perdure por tanto tempo. Já se vão quase duas semanas. O número de mortos parou até de ser divulgado. Não há nada que justifique tamanho descalabro.
A forma como a questão tem sido conduzida pelo Governo do Estado, pelo Ministério Público e pela Assembleia Legislativa surpreende vários dos envolvidos no motim dos policiais. O corte de salários estava no horizonte. Quanto à perspectiva de punição, já se imaginava a anistia como primeiro ponto de pauta. Não estava no cálculo, nem de longe, a hoje iminente mudança constitucional para impedir anistia. Punições eram previstas. A publicação imediata dos nomes, as prisões eram vistas como possíveis, mas não eram consideradas na dimensão em que ocorreram. Sobretudo, não se esperava que durasse tanto tempo sem haver acordo. A memória de 2012 deixou a imagem de um Estado que se renderia ao que os policiais quisessem. Daí o ímpeto dos policiais que rejeitaram os acenos, descartaram as negociações e partiram para a paralisação.
A disposição para o enfrentamento por parte de vários órgãos do Estado - não apenas do governo Camilo Santana (PT) - é a maior surpresa. Como a preocupação atinge outros estados, há também respaldo ao endurecimento no Ceará. O Congresso Nacional também dá apoio.
Policiais amotinados colocam anistia como ponto de honra e o aparato institucional do Estado afirma que não há hipótese de aceitar anistia. Não há como a questão terminar sem uma colossal derrota de um dos lados. As posições não são conciliáveis. Se o Estado ceder, sairá derrotado e desmoralizado. Se não houver anistia, a derrota - e o prejuízo - será dos policiais amotinados.
Eles jogaram alto, apostaram muito. Não há perspectiva de vitória no horizonte de hoje.
Movimentos do tipo envolvem sempre cálculo político. A não ser que haja uma mudança bem grande, quem conduziu este movimento calculou bem errado.
Empresário, cineasta, pai de Camilo e Tom Cavalcante são homenageados por Roberto Cláudio
A Prefeitura de Fortaleza entregará em 16 de abril a terceira edição da Medalha Iracema, maior comenda do Poder Executivo de Fortaleza. Este ano, serão homenageados Eudoro Santana, ex-deputado estadual, superintendente do Instituto de Planejamento de Fortaleza (Iplanfor) e pai do governador Camilo Santana (PT); o empresário Júlio Ventura Neto; o humorista Tom Cavalcante e o cineasta Wolney Oliveira.
Em 2018, a medalha homenageou a jornalista Adísia Sá, o professor e arquiteto Liberal de Castro e o músico Raimundo Fagner. Em 2019, receberam a Medalha Iracema o médico e professor José Otho Leal Nogueira, o ex-senador Mauro Benevides e o empresário Pio Rodrigues Neto.
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