Jornalista, divulgador científico e professor da Universidade Federal de Rondonópolis. É doutor em ecologia pela Universidade Autônoma de Madrid, Espanha
Jornalista, divulgador científico e professor da Universidade Federal de Rondonópolis. É doutor em ecologia pela Universidade Autônoma de Madrid, Espanha
Durante décadas, temas ambientais foram considerados papo-furado de hippies e abraçadores de árvores. Hoje, os brasileiros estão conscientes dos grandes desafios que precisamos superar, principalmente o aquecimento global e a degradação da natureza. O que está em jogo é o nosso bem-estar e o de nossos filhos. Também está claro para os brasileiros que não haverá futuro econômico no nosso país, se a destruição do nosso maior patrimônio, a biodiversidade, continuar acontecendo.
Repito as palavras do biólogo paraense José Maria Cardoso da Silva, que é professor da Universidade de Miami: "dado que a economia do Brasil depende fortemente de seu capital natural, garantir investimentos adequados em sua infraestrutura ecológica não é apenas um imperativo ambiental, mas também um requisito fundamental para a prosperidade nacional a longo prazo." Sem natureza, não temos produção agrícola, não temos água, não temos saúde.
Certamente, não apenas os gestores públicos, como prefeitos e governadores, ou cientistas, que são pagos para arquitetar soluções, mas também os demais cidadãos perguntam-se: o que eu posso fazer por um mundo mais verde? Essa é uma questão relevante, porque restaurar ecossistemas e seus serviços ambientais demanda a participação de todos nós.
O Mestrado em Gestão e Tecnologia Ambiental da Universidade Federal de Rondonópolis e a Associação PUMAS – Pessoas Unidas pelo Meio Ambiente, Agricultura & Sociedade convidaram o biólogo mexicano Diego Carmona a visitar a cidade de Chapada, no Rio Grande do Sul, para atividades educativas, científicas e culturais, nas escolas do município.
A Prefeitura Municipal de Chapada concedeu as passagens aéreas para a viagem do professor Carmona do México ao Rio Grande do Sul. 22 empresas gentilmente assumiram os custos da hospedagem e alimentação do cientista em Chapada. Esta é mais do que uma boa nova: é uma demonstração de que poderes públicos, empresários e cidadãos estão unidos na conservação dos biomas Pampa e Mata Atlântica – Chapada é uma cidade interbiomas, isto é, em seu território há dois biomas, Pampa e Mata Atlântica.
Essas instituições, empresas e cidadãos garantiram que centenas de estudantes de Chapada tivessem a oportunidade valiosa de aprender sobre o México e sobre projetos que unem agricultura, natureza e justiça ambiental. São sementes para um futuro verde e promissor, que todos nós ajudamos a materializar.
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