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Um olho no peixe e outro no gato
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Fernando Costa é sociólogo e publicitário

Um olho no peixe e outro no gato

Tipo Opinião
Fernando Costa, sociólogo e publicitário (Foto: Acervo pessoal)
Foto: Acervo pessoal Fernando Costa, sociólogo e publicitário

Bolsonaro começa a aprender na prática o que nunca conseguiu entender na escola, a intransponível terceira lei de Newton. O Supremo Tribunal Federal, aquele mesmo que ajudou ele a chegar ao poder, está puxando com força a corda da mula manca, sem perder a noção que o fascismo se alimenta do conflito e da disseminação de meias verdades, se é que elas existem.

Bolsonaro não quer a paz e não tem o menor interesse na harmonia entre os poderes da república.

Desgastado cada vez mais pela condução do combate a Covid-19, e por uma política econômica desastrosa nunca vista antes na história deste País, algo que se aproxima da crise de 1973 quando a inflação atingiu a marca de 15,6% ao ano, já estamos com 8,99% nos últimos doze meses, ele tenta manter acesa a chama da sua cada vez menor militância, atacando as instituições democráticas e ameaçando o país com um golpe militar, para isso conta com o apoio do General Braga Neto e de um punhado de militares da reserva, mas eles sabem que tem caroço nesse angu, o Brasil não é o Afeganistão. Mas precisamos permanecer com um olho no peixe e outro no gato.

Mas como toda tragédia que se preza tem seu lado de comédia, dia sim e outro também o bolsonarismo vomita suas pérolas sobre a nação. A última foi a do decrépito Sergio Reis, o cantor do Menino da Porteira, ruralista reacionário que saiu do ostracismo para convocar uma manifestação de caminhoneiros para parar o Brasil.

A reunião vazou e Sergio Reis teve que fechar a porteira antes que o STF o feche numa cadeia. Se dizendo arrependido e choroso, voltou atrás, mas como toda a ação tem uma reação, veio a público que o cantor teria feito um implante peniano com dinheiro público e a "internet", que não perdoa ninguém, logo transformou em meme a situação com postagens dizendo que, se o implante peniano foi feito com verba pública, Bolsonaro vai ter que inaugurar.

Até mesmo porque o presidente já inaugurou uma ponte de madeira de dezoitos metros no interior do Amazonas que custou 255 mil Reais e a comitiva presidencial gastou 711 mil Reais na inauguração.

Pela pisada da cavalaria, parece que teremos inquilino novo no Alvorada, mas, para isso, os democratas precisam impor limites ao presidente.

Os bolsonaristas podem até ter razão quando dizem que o supremo é o povo, mas eles esquecem que o povo está cada vez mais contra Bolsonaro. n

 

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