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Não é guerra, é genocídio
Fernando Costa

Não é guerra, é genocídio

Israel não quer apenas retaliar o Hamas pelos ataques terroristas e covardes contra a população civil de Israel, o governo de Benjamin Netanyahu quer ocupar e anexar o norte da Faixa de Gaza
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O Hamas é um grupo terrorista porque comete ações violentas com o objetivo de intimidar, ferir ou matar cidadãos para garantir a defesa de sua causa política, econômica e religiosa.

O estado de Israel, que hoje tem à frente um dos representantes da extrema direita internacional, está colocando em prática um genocídio (eliminação sistemática e intencional de um grupo por meios ativos - aplicação de forças que resultem na morte - ou passivos - negligência e negativa de prestação de assistência) contra o povo palestino.

Israel não quer apenas retaliar o Hamas pelos ataques terroristas e covardes contra a população civil de Israel, o governo de Benjamin Netanyahu quer ocupar e anexar o norte da Faixa de Gaza. Foi assim que o estado de Israel, com o apoio do governo americano e dos banqueiros judeus de Wall Street, expandiu o território do estado israelense.

O Hamas utiliza hospitais, prédios residenciais e civis como escudos nas suas ações assim como o estado de Israel bombardeia hospitais e prédios residenciais matando, na sua grande maioria, crianças e mulheres. Não é uma guerra, é o extermínio de um povo.

Mas, assim como os afegãos e os vietnamitas, os palestinos saberão resistir ao imperialismo americano e ao extremismo de direita do atual governo de Israel.

Não vai ter sopa no mel, como diz o verso da antiga marchinha de carnaval.

E o Brasil com isso? O Brasil, hoje, tem um papel importante no realinhamento da geopolítica mundial e isso incomoda os Estados Unidos, seja lá quem for o presidente, o democrata Biden ou o republicano Trump, e por consequência incomoda o estado de Israel.

Não foi por acaso que trinta e quatro brasileiros passaram mais de 30 dias na faixa de Gaza em condições sub-humanas e não foi o Hamas e nem o governo do Egito que dificultaram a permanência deles, foram os governos americanos e israelenses.

Foi uma afronta à democracia brasileira o encontro do embaixador de Israel no Brasil com Bolsonaro e mais uma penca de deputados de extrema direita na câmara federal.

O governo brasileiro deveria exigir a troca imediata desse embaixador, seria trocar seis por meia dúzia, mas o recado estaria dado.

Cabe à grande impressa explicar o que é semitismo e sionismo, para que o preconceito contra o povo de Israel não cresça a níveis absurdos, como revelou um levantamento feito pela Confederação Israelita do Brasil e da Federação Israelita de São Paulo, que chegaram ao número de 1.000% em relação ao crescimento do antissemitismo no Brasil depois do início do conflito.

Agora é hora de cessar fogo e julgar os crimes de guerra que estão sendo cometidos.

 

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Fernando Costa

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