Não é de hoje que a relação Fortaleza e Rogério Ceni é uma das mais positivas do futebol brasileiro. O clube cresceu muito com o trabalho do ex-goleiro do São Paulo e ganhou quatro títulos relevantes, mas Ceni também conseguiu evoluir bastante nos três anos até aqui. O treinador está muito melhor, maduro e ciente das nuances da função do que na comparação com 2017, quando foi contratado em outubro após um trabalho ruim comandando o São Paulo.

A evolução de Ceni o transformou hoje em um dos melhores treinadores brasileiros, ao lado de Renato Gaúcho, do Grêmio. São os dois mais bem preparados e nada mais natural do que o nome de Rogério aparecer especulado no Flamengo, que demitiu o espanhol Domenec Torrent, nesta segunda-feira, após três meses de trabalho.

Também é natural que se o interesse for confirmado - e efetivamente parece real - que haja uma proposta. Isso vale no futebol e em qualquer setor de trabalho. A proposta chega e profissional aceita ou não, sem dramas ou desespero, podendo optar por permanecer no Fortaleza e seguir em seu quarto ano.

Ceni é muito jovem para a carreira que escolheu e o Fortaleza o catapultou ainda mais. Cabe somente a ele - diante da proposta - avaliar bem porque sua ida para o Cruzeiro, em 2019, foi um enorme equívoco e deixar o Tricolor mais uma vez no meio do compromisso é algo que pesa negativamente, especialmente se o time tiver problemas para permanecer na Série A.

Para além disso, há a possibilidade do novo presidente do São Paulo - eleições são no fim do ano - também o convidar para um novo trabalho a partir de 2021.