Pouca coisa fez sentido na reunião dos clubes que participam da Série A realizada nesta terça-feira, o chamado Conselho Técnico. O objetivo era decidir a volta ou não do público aos estádios, ainda que a pandemia de Covid-19 não tenha terminado.

A tal isonomia para que todos os clubes voltassem ao mesmo tempo a receber público não ocorreu, já que a rodada 23 terá Palmeiras x Bragantino sem torcedores, tendo em vista que São Paulo só liberou a torcida a partir de 4 de outubro.

Paralelamente, dois jogos foram adiados. Santos x Fluminense e Bahia x Ceará, justamente porque ambos os mandantes não podem receber torcedores. Fortaleza x Atlético-GO está mantido e deverá ter torcedores do Tricolor, no sábado.

O calendário da Série A já é uma bagunça extrema por incompetência geral dos organizadores, tanto que há clubes com 22, 21, 20 e 19 partidas realizadas, desequilibrando a classificação. Outros jogos serão adiados em função do calendário da Seleção Brasileira e agora, por um motivo que não se sustenta, camuflado de uma falsa isonomia, mais partidas são modificadas. E caso os encontros diante de Internacional e Atlético-MG sejam adiados por causa de convocações para as Eliminatórias, o Ceará ficará três rodadas sem entrar em campo.

Para piorar, o Bahia admitiu que se a torcida não estiver liberada para o jogo contra o Palmeiras, dia 13 de outubro, ele aceita atuar com a Fone Nova vazia.

Outra situação preocupante é o precedente aberto. Como ninguém controla os casos de Covid-19, se autoridades de cidades com jogos da Série A voltarem a proibir o público, as partidas também serão adiadas?

Está aberta a possibilidade do campeonato não terminar.