Não poderia vir em melhor hora para o Fortaleza a vitória sobre o Vasco, neste sábado. Mais do que o resultado de 2 a 0, gols de Galhardo e Romero, valeu muito pela atuação consistente no Castelão. Se não foi uma atuação de gala, vimos uma equipe equilibrada, bem na defesa e criando boas chances ofensivas a partida toda.

Bruno Pacheco brilhou. Foram duas assistências perfeitas, conscientes, colocando a bola na cabeça dos companheiros. O lateral, que não começou bem a sua jornada no Fortaleza, tem apresentado um ótimo futebol já faz uns dois meses.

Com 13 pontos em 24 disputados, o Fortaleza volta a vencer no Campeonato Brasileiro depois de quatro partidas. Mantendo mais de 50% de aproveitamento na competição, a briga será sempre por vaga na Libertadores.

A arrancada recente do Ceará na Série B - são três vitórias seguidas (Tombense, Criciúma e Londrina), com sete gols marcados e dois sofridos - deixou um recado importante: o elenco formado tem totais condições de brigar pelo acesso, objetivo principal da diretoria, que segue a avaliação de que a equipe é uma das favoritas da competição.

O trabalho do técnico Eduardo Barroca ainda precisa de tempo, mas passou a fazer muito mais efeito quando ele optou pela mudança tática da equipe, deixando o meio-campo mais povoado, e desfazendo a linha com os três atacantes fixos.

A efetivação de Jean Carlos e Chay também fez muito bem ao time. Deram mobilidade e dinamismo aos titulares, conseguindo criar e ajudar muito ofensivamente, especialmente nas aproximações com Erick e Nicolas, os atacantes. Defensivamente o time melhorou também, justamente pelos setores estarem mais aproximados.

Contra o Novorizontino, neste domingo, que tem um ponto a mais do que o Ceará (14 a 13), a tendência é de um jogo bem disputado. O Alvinegro tem feito campanha muito melhor como visitante (10 pontos, contra três em casa) e é hora de voltar a fazer valer o mando. Quem vencer dá um salto excelente na tabela, ficando perto dos líderes. O Castelão terá um público especial, composto por mulheres, crianças e PCD’s. Gente que vai poder ir ao estádio sem medo de assédio e violência.