A tragédia que marcou o confronto entre Colo-Colo e Fortaleza, pela segunda rodada da fase de grupos da Libertadores 2025, expõe mais uma vez a incapacidade da Conmebol de reagir com a urgência e sensibilidade que o momento exige.

Já se passaram duas semanas. O resultado da partida segue desconhecido e o clube chileno não foi punido adequadamente, dentro das limitações que a entidade pode agir (já que a punição criminal tem relação com a justiça chilena, obviamente).

O jogo, interrompido no segundo tempo (o placar apontava 0 a 0) após a confirmação das lamentáveis mortes de dois torcedores adolescentes nos arredores do estádio, em Santiago, permanece oficialmente “em análise”, sem definição sobre o resultado ou os próximos passos. 

É inadmissível que, dias após o ocorrido, os clubes e seus torcedores ainda estejam na incerteza, incluindo os outros participantes do grupo. Não decidir rapidamente sobre o resultado do jogo interfere na competição e nas rodadas seguintes.

E é desta forma que o Fortaleza vai encarar o Bucaramanga, nesta quarta-feira, na Colômbia, terceira rodada da competição internacional. Jogo difícil, até porque a equipe da casa vive bom momento. São quatro jogos de invencibilidade, com três vitórias - incluindo os três pontos conquistados na Argentina, diante do Racing - e um empate. O Tricolor, em má fase, vai tentar se recuperar longe de seus domínios.