Âncora do programa Esportes do Povo nas rádios O POVO CBN e CBN Cariri, além do Canal FDR TV e plataformas digitais; comentarista de esportes da Rádio O POVO CBN e CBN Cariri; colunista do O POVO impresso, O POVO+ e redes sociais do O POVO. Além de Comunicação, é formado em Direito
Apesar da enorme instabilidade política na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) — no capítulo mais recente, de ontem (detalhes você lê nesta edição do O POVO), o até então presidente Ednaldo Rodrigues foi afastado do cargo pela Justiça do Rio de Janeiro e Fernando Sarney foi nomeado interventor —, Carlo Ancelotti assinou contrato para comandar a seleção e já começou a trabalhar. Seu compromisso, portanto, é com a entidade (pessoa jurídica) e as cláusulas contratuais, incluindo as de rescisão, precisam ser cumpridas, tanto pela CBF, mas também pelo treinador, caso ele resolva pedir para sair diante do caos que se apresenta. Assim, a análise a seguir leva em consideração, por enquanto, que será ele o condutor da equipe até a Copa do Mundo de 2026.
Trata-se, então, do primeiro estrangeiro a assumir o cargo em quase seis décadas — para valer, é o primeiro da história — e logo em um ciclo extremamente curto e pressionado.
O italiano, multicampeão por clubes, ostenta bagagem vitoriosa e enfrentará desafios inéditos em sua carreira, especialmente porque terá apenas dez jogos, se muito, até o Mundial. É pouquíssimo tempo para conhecer os jogadores, definir esquema, testar variações e formar uma equipe minimamente coesa. E não custa lembrar: Ancelotti jamais foi técnico de uma seleção.
O contexto de treinos escassos e janelas de convocação curtas não favorece a construção de um projeto sólido. O que se desenha, então, é um trabalho emergencial, voltado exclusivamente para um único objetivo: a Copa.
Também por isso, a primeira convocação do técnico, marcada para o dia 26 de maio, será reveladora. Ela dará pistas sobre sua leitura do elenco brasileiro, suas preferências táticas e a possível renovação da equipe. Até mesmo surpresas podem aparecer e cada nome na lista dará sinais importantes sobre o caminho que ele pretende seguir.
Os riscos são óbvios. Sem tempo para implantar ideias, o trabalho dependerá da rápida adaptação dos atletas e de uma gestão de grupo impecável, característica positiva do italiano por onde passou. Há também a necessidade de entender — e conviver — com a pressão de um torcedor carente e machucado por resultados frustrantes desde 2006.
Ainda assim, há méritos na escolha. Ancelotti é respeitado globalmente e tem um histórico notável de lidar com grandes egos, característica vital em uma seleção brasileira. Sua presença pode reequilibrar o ambiente e dar respaldo aos atletas. E, por vir de fora do eixo tradicional, tem potencial para trazer uma visão menos engessada e mais moderna, algo que o Brasil precisa há anos.
O número que importa
Nos sete jogos mais recentes, o Fortaleza não perdeu, mas foram cinco empates e duas vitórias. O destaque fica no sistema defensivo, que sofreu apenas dois gols nessa sequência invicta. O ataque, entretanto, precisa ser muito mais efetivo.
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Mais 3!
1. O Ceará tem a sétima melhor média de público pagante na Série A. São 27.766 torcedores por jogo.
2. Contra o Sport, amanhã, no Castelão, o público do Alvinegro deve ficar na casa dos 30 mil pagantes.
3. Já o Fortaleza tem 17.852 torcedores pagantes por jogo. É o sétimo time que menos leva público na Série A.
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