A primeira lista de Ancelotti: mais que uma convocação, um sinal de rumo
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Âncora do programa Esportes do Povo nas rádios O POVO CBN e CBN Cariri, além do Canal FDR TV e plataformas digitais; comentarista de esportes da Rádio O POVO CBN e CBN Cariri; colunista do O POVO impresso, O POVO+ e redes sociais do O POVO. Além de Comunicação, é formado em Direito
Foto: Reprodução/ Instagram @RealMadrid
A forte ligação de Carlo Ancelotti com os jogadores brasileiros do Real Madrid foi determinante para sua escolha como novo técnico da Seleção
No dia 26 de maio, Carlo Ancelotti divulgará sua primeira convocação como técnico da seleção brasileira. A lista, voltada para os jogos das Eliminatórias contra Equador e Paraguai, terá 23 atletas e carrega um peso que vai além da simples formação de um grupo para dois compromissos oficiais. Ela será o primeiro grande gesto de um técnico vitorioso, experiente, mas estreante no contexto das seleções — e que terá pouquíssimo tempo para montar um time capaz de buscar o hexa em 2026. A expectativa é grande, não há dúvida.
O desafio é imenso. Ancelotti jamais comandou uma seleção e terá, se muito, dez partidas até o Mundial. Nesse cenário, a escassez de treinos e a limitação de datas FIFA impõem um ritmo de emergência, quase de improviso. Não há espaço para projetos de longo prazo. O foco será total na Copa do Mundo, e o tempo, inimigo declarado.
Por isso, esta primeira convocação será reveladora, uma janela para entendermos a leitura que Ancelotti faz do atual elenco brasileiro espalhado pelo planeta. Que jogadores ele considera prontos? Quem pode ser deixado de lado? Haverá espaço para renovação? São muitas dúvidas e cada nome anunciado trará pistas sobre suas preferências táticas, seu modelo de jogo e até sobre o perfil psicológico que ele deseja para o grupo. É possível até que surpresas apareçam e elas dirão muito.
Ao mesmo tempo, o italiano traz virtudes que podem ser decisivas. É respeitado mundialmente, sabe administrar vestiários com grandes e bizarros egos e tem histórico de criar ambientes saudáveis, mesmo sob pressão. E, vindo de fora do futebol brasileiro, carrega a chance de propor uma abordagem mais arejada, menos presa a vícios do nosso sistema.
A torcida brasileira ainda lambe feridas abertas desde 2006. O trabalho de Ancelotti, portanto, começa muito antes do apito inicial: começa nesta lista. E é nela que o país começará a enxergar o rumo que a seleção pode — ou não — voltar a seguir.
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