Fortaleza: ônus e bônus dos contratos longos com atletas
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Âncora do programa Esportes do Povo nas rádios O POVO CBN e CBN Cariri, além do Canal FDR TV e plataformas digitais; comentarista de esportes da Rádio O POVO CBN e CBN Cariri; colunista do O POVO impresso, O POVO+ e redes sociais do O POVO. Além de Comunicação, é formado em Direito
Foto: Mateus Lotif/Fortaleza EC
Jogadores do Fortaleza reunidos no gramado no jogo Fortaleza x Bucaramanga, no Castelão, pela Copa Libertadores 2025
O Fortaleza, já faz um bom tempo, tem adotado a correta política de contratos longos com seus jogadores, cenário que reflete uma gestão estruturada, com foco em planejamento e estabilidade. No entanto, como quase tudo no futebol, essa estratégia tem seu ônus — e não é pequeno, especialmente quando as coisas não caminham como o esperado.
O bônus de contratos mais extensos é evidente: segurança jurídica, fidelização de atletas e um sinal claro ao mercado de que o clube tem caixa e pretende manter uma base sólida, além de visão de mercado. Isso favorece o desenvolvimento de elenco, o entrosamento e até a valorização dos chamados ativos (sim, do ponto de vista financeiro, os jogadores são tratados assim). Para o atleta, também há vantagens: garantia de renda por um período maior, tempo para se adaptar e estabilidade para crescer tecnicamente.
Mas o outro lado da moeda está pesando em 2025. O clube convive com jogadores que, apesar do investimento, não entregam o esperado. Dispensas tornam-se complexas. Rescisões custam caro, e muitos atletas, amparados pelo contrato que o próprio clube ofereceu, não têm interesse em abrir mão de valores ou em negociar saídas amigáveis. E nem devem: estão dentro do seu direito. O risco, afinal, é parte do pacote assumido por quem oferece o vínculo longo.
É nesse ponto que o mérito do planejamento esbarra na necessidade de execução precisa. Não basta organizar, é preciso acertar mais do que errar, como o Fortaleza fez até o ano passado, mas onde derrapa na atual temporada. Um contrato longo mal avaliado transforma-se rapidamente em um peso na folha e em um obstáculo técnico. Por isso, reforçar os processos de avaliação e de tomada de decisão para a próxima janela de contratações passa a ser tão importante quanto o contrato em si.
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