Âncora do programa Esportes do Povo nas rádios O POVO CBN e CBN Cariri, além do Canal FDR TV e plataformas digitais; comentarista de esportes da Rádio O POVO CBN e CBN Cariri; colunista do O POVO impresso, O POVO+ e redes sociais do O POVO. Além de Comunicação, é formado em Direito
Time tem uma das defesas mais consistentes da elite nacional, mas falta de repertório ofensivo limita o sonho por objetivos mais ousados no Brasileirão
Foto: Fernanda Barros
Pedro Raul, atacante do Ceará, durante jogo contra o Flamengo
O Ceará ocupa a 11ª colocação do Campeonato Brasileiro com 22 pontos, mirando uma vaga na Copa Sul-Americana e mantendo distância segura da zona de rebaixamento — cenário construído muito mais pela solidez defensiva do que pela capacidade de decidir jogos no setor ofensivo.
A equipe ostenta a sétima melhor defesa entre os 20 clubes, com apenas 17 gols sofridos, mérito que sustenta a campanha e impede que o time flerte com a parte mais perigosa da tabela. É uma retaguarda bem posicionada e compacta que mantém o Ceará competitivo, tanto pela qualidade individual — casos de Willian Machado, Bruno Ferreira e Dieguinho — quanto pelo encaixe coletivo.
O problema é que tal dependência excessiva da defesa evidencia uma limitação preocupante. Não por acaso, a diretoria está ativa no mercado, e o foco é justamente reforçar o ataque, hoje o quinto pior do campeonato, com também apenas 17 gols marcados. Em um torneio longo e de margens tão apertadas, a dificuldade para criar e converter oportunidades cobra um preço alto e tende a limitar a evolução da equipe.
Se quiser ter um segundo turno mais estável e até sonhar com algo maior, o Ceará precisa romper essa barreira. O desempenho defensivo é um patrimônio que não pode ser perdido, mas ele não é suficiente para sustentar ambições mais ousadas. Sem um salto de produção no ataque — seja por ajustes táticos, chegada de peças decisivas ou simplesmente mais ousadia na forma de jogar —, o clube continuará preso a um teto que impede avanços significativos e não tolera tropeços.
Ceará vive dependência de dupla
Dos 17 gols anotados pelo Ceará no Campeonato Brasileiro, 11 estão concentrados em apenas dois jogadores. Pedro Raul tem sete e Galeano soma quatro. Quando eles não marcam, o Alvinegro sofre ainda mais ofensivamente. Falta mais gente para colocar a bola no fundo das redes.
Fortaleza fará mais 11 jogos no Castelão
Dos 21 jogos restantes para o Fortaleza na Série A, 11 serão no Castelão, incluindo o Clássico-Rei do segundo turno, que terá mando do Ceará. Naquela conta que apresentei ontem para o Tricolor ficar livre do rebaixamento — somar 30 pontos dos 63 que restam em disputa — será fundamental o desempenho como mandante, como o próprio técnico Renato Paiva alertou na coletiva depois do empate diante do Corinthians, domingo passado, em São Paulo.
O desafio do Tricolor é buscar levar mais gente ao estádio, onde tradicionalmente ganha confiança com seu torcedor presente. O desempenho ruim na competição, entretanto, tem provocado uma média inferior a 20 mil pessoas por jogo, a pior do time nestes sete anos seguidos de Série A (com exceção do período da pandemia, evidente). É um desafio que precisa ser abraçado por todos do clube e também pelo próprio torcedor.
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Mais 3!
1. O Juventude anunciou o retorno de Thiago Carpini ao clube. Em 2023, o técnico levou o time ao acesso para a Série A. Missão de agora: evitar o rebaixamento.
2. Na Série B, todas as equipes somam 20 jogos. O G-4 tem Goiás, Coritiba, Novorizontino e Chapecoense. Chama atenção o Athletico-PR de fora, apenas na 11ª posição.
3. Já na Série C, restam apenas quatro rodadas para o fim da primeira fase. O Caxias-RS é o único garantido matematicamente para a segunda fase. Faltam sete vagas.
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