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Fortaleza: não havia como segurar Paiva
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Âncora do programa Esportes do Povo nas rádios O POVO CBN e CBN Cariri, além do Canal FDR TV e plataformas digitais; comentarista de esportes da Rádio O POVO CBN e CBN Cariri; colunista do O POVO impresso, O POVO+ e redes sociais do O POVO. Além de Comunicação, é formado em Direito

Fortaleza: não havia como segurar Paiva

Com Renato Paiva, Fortaleza teve 20% de aproveitamento (Foto: Thiago GADELHA / AFP)
Foto: Thiago GADELHA / AFP Com Renato Paiva, Fortaleza teve 20% de aproveitamento

A saída de Renato Paiva do comando do Fortaleza não gera surpresa alguma. Diante do cenário dramático para tentar fugir da zona de rebaixamento e do trabalho ruim de dez jogos do treinador, não havia outra solução. O aproveitamento de apenas 20% dos pontos no período é péssimo, mas a ausência de evolução da equipe é ainda pior. Assim, na combinação de resultados lamentáveis com a falta de perspectiva de melhora, a continuidade não fazia sentido.

É relevante frisar: a demissão do treinador não deve ser encarada como a solução de todos os problemas. Paiva, sem dúvida, teve seu papel, mas ele é coadjuvante no contexto de grandes erros na temporada de elenco, diretoria e Vojvoda.

Ficou claro que o português tinha dúvidas demais e soluções de menos. O número de alterações no time titular é um reflexo dessa instabilidade: em dez jogos, foram 48 mudanças na equipe, uma média de quase cinco por partida. É praticamente impossível existir resultados consistentes quando a base da escalação muda de um jogo para outro e com um técnico que acabou de chegar, tornando a consolidação de uma identidade tática inviável. Difícil entender como ele próprio não percebeu.

A demissão de Paiva, portanto, abre espaço para que o clube busque um profissional capaz de estruturar melhor a equipe, imprimir uma metodologia de trabalho rápida e funcional, justamente para extrair o máximo do elenco disponível.

Não é muito, está totalmente desalinhado com o ideal, mas há tempo ainda para encontrar um técnico que faça a diferença, desde que a escolha seja bem pensada, até porque se um treinador é demitido depois de 10 partidas, dirigentes e jogadores também têm sua enorme parcela de responsabilidade.

O alerta que fica, de novo, é que o Fortaleza precisa agir como um todo, buscando estabilidade em um momento delicadíssimo, talvez o mais difícil da atual gestão. As cobranças por resultados que sejam capazes de livrar o time da Série B não vão parar e é nessa realidade de pressão enorme que o clube tem de trabalhar.

Faltam 51 pontos em disputa na Série A e o Tricolor tem a meta de somar 30, aproveitamento de cerca de 60%, muitíssimo maior do que o atual e bastante improvável na atual situação.

O número que importa

O Ceará segue como a sexto maior público pagante na Série A. Até agora, foram 366.561 torcedores que compraram ingressos nas partidas do Alvinegro, média de 33.324 por partida. O Fortaleza, com média de 20.492 pagantes, está na 14ª colocação.

Ainda sobre o público do Campeonato Brasileiro, o Flamengo segue como líder disparado, com 54.913 torcedores por partida. Corinthians, Cruzeiro, Bahia e São Paulo completam a lista dos cinco primeiros. Já o Bragantino é o clube com menor média de público do torneio: 5.055.

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Mais 3!

1. Especulado em diversos times, inclusive no Ceará, o atacante Lautaro Díaz vai trabalhar com Vojvoda, no Santos. O Cruzeiro o emprestou por um ano.

2. Por falar em Cruzeiro, o clube mineiro contratou o bom equatoriano Keny Arroyo para o ataque. Só 19 anos, joga na seleção e custou R$ 50 milhões.

3. Na janela de contratações do verão europeu, os clubes da Premier League gastaram simplesmente 3 bilhões de libras (R$ 22 bilhões), recorde histórico.

Foto do Fernando Graziani

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