Briga Flamengo x Libra mostra: Fortaleza e Ceará estavam certos sobre LFU
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Âncora do programa Esportes do Povo nas rádios O POVO CBN e CBN Cariri, além do Canal FDR TV e plataformas digitais; comentarista de esportes da Rádio O POVO CBN e CBN Cariri; colunista do O POVO impresso, O POVO+ e redes sociais do O POVO. Além de Comunicação, é formado em Direito
Briga Flamengo x Libra mostra: Fortaleza e Ceará estavam certos sobre LFU
Time de maior torcida do Brasil entrou em queda de braço com os "parceiros" na Libra, enquanto a LFU tem caminhado em consenso e sido mais lucrativa
Foto: Samuel Setubal
Rivais em campo, Fortaleza e Ceará estão juntos na LFU
Enquanto o Flamengo se vê mergulhado em uma disputa interna e judicial com a Libra — desta vez por causa da divisão dos direitos de TV —, a decisão tomada por Fortaleza e Ceará, lá atrás, de aderir à Liga Forte União (LFU), tem se mostrado, ao menos até agora, a mais coerente e estratégica de acordo com as movimentações.
A LFU nasceu com um discurso claro: distribuição mais justa de receitas e valorização coletiva do produto futebol, sem que um clube precise crescer à custa do outro. Essa lógica contrasta com o que se vê na Libra, onde a discussão sobre quem deve ganhar mais tem se tornado um campo de batalha político e financeiro.
O caso do Flamengo ilustra bem o problema. O clube carioca quer revisar os critérios de rateio do contrato com a Globo, que prevê 40% de valores iguais, 30% por desempenho e 30% por audiência. O ponto de discórdia está justamente nessa última parcela — os 30% de audiência —, que o Flamengo entende que deveriam ser calculados com base no peso de cada plataforma (TV aberta, fechada e streaming), o que naturalmente o beneficiaria.
Pode até se avaliar ser um debate legítimo, mas que escancara a fragilidade de um modelo de liga em que os interesses individuais se sobrepõem ao coletivo. Ao contrário disso, a LFU, formada, entre outros, por clubes como Cruzeiro, Internacional, Vasco, Corinthians, Fluminense e Botafogo — e que tem Marcelo Paz, CEO da SAF do Fortaleza, como presidente — buscou desde o início construir uma liga em que as diferenças financeiras existam, mas dentro de uma margem saudável e sustentável.
Comercialmente, por sinal, os clubes da Liga Forte União estão recebendo muito mais do que recebiam no contrato anterior, tanto porque o valor do produto cresceu naturalmente, quanto porque a divisão está mais igualitária (45% para todos os clubes, 30% para performance e 25% por audiência, mas com limite máximo de diferença).
Fortaleza e Ceará entenderam que o futebol brasileiro precisa de equilíbrio, e que a força de mercado vem da soma das marcas, não da dominação de uma ou duas. Uma liga com clubes enfraquecidos, sem recursos para investir, acaba desvalorizando o próprio produto. É uma óbvia visão de longo prazo, que busca transformar o futebol nacional em algo mais parecido com as grandes ligas europeias, nas quais a diferença entre o primeiro e o último colocado não é abissal — e onde o espetáculo se mantém forte porque todos têm chance de competir. Pior é saber que tudo ficaria muito melhor se todos os clubes da Libra e da LFU estivessem unidos em busca de credibilidade e propósito coletivo.
Médias de público
O Ceará tem a sétima maior média de público pagante do Campeonato Brasileiro. São 32.067 torcedores por partida. Já o Fortaleza, com 22.614, tem a 11ª. melhor. Na liderança, o Flamengo, com 56.050 adeptos por encontro.
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Mais 3!
1. Segue espetacular a campanha do Mirassol na Série A. Agora, em 27 jogos, são 46 pontos.
2. Pelo nível do futebol apresentado, difícil demais que o time não esteja na Libertadores 2026.
3. Ainda que ocorra um desastre, ao menos na Sul-Americana o time estará. Sucesso total.
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