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Valentin Vacherot: o extraordinário aconteceu em Xangai
Foto de Fernando Graziani
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Âncora do programa Esportes do Povo nas rádios O POVO CBN e CBN Cariri, além do Canal FDR TV e plataformas digitais; comentarista de esportes da Rádio O POVO CBN e CBN Cariri; colunista do O POVO impresso, O POVO+ e redes sociais do O POVO. Além de Comunicação, é formado em Direito

Valentin Vacherot: o extraordinário aconteceu em Xangai

Número 204 do mundo, tenista monegasco foi campeão do Masters 1000 de Xangai, vencendo o primo dele, o francês Arthur Rinderknech, na decisão
Valentin Vacherot: de 204 
do mundo a campeão na China (Foto: HECTOR RETAMAL / AFP)
Foto: HECTOR RETAMAL / AFP Valentin Vacherot: de 204 do mundo a campeão na China

O tênis tem dessas coisas: por vezes, ignora a lógica, o ranking e até a história. Foi exatamente isso que aconteceu em Xangai, onde o monegasco Valentin Vacherot escreveu uma das campanhas mais improváveis e emocionantes da era moderna do esporte. Número 204 do mundo, um tenista que quase ficou fora do torneio chinês, acabou erguendo um troféu que parecia reservado aos gigantes do circuito. O espetacular, desta vez, teve nome, sotaque e alma de surpresa.

Vacherot entrou no qualifying como alternate, ou seja, por um golpe do destino. Menos de 24 horas antes do início da disputa, ele ainda não sabia se teria a chance de jogar. Quando teve, por desistências que foram ocorrendo, o milagre se fez.

Foram duas vitórias na fase prévia e mais sete na chave principal, em uma sequência de façanhas que desafiam a razão. Pelo caminho, deixou para trás nomes do peso de Alexander Bublik, Holger Rune e Novak Djokovic, na semifinal — o maior símbolo de consistência e domínio do circuito. Cada vitória parecia o limite, até que veio a próxima, ainda mais improvável.

Na final deste domingo, um detalhe quase poético: o adversário era seu primo, o francês Arthur Rinderknech. Dois parentes, dois improváveis finalistas e amigos, numa decisão que já nascia histórica e emotiva, unindo uma família. Rinderknech começou melhor, levando o primeiro set por 6/4, mas Vacherot respondeu com frieza de veterano. Fez 6/3, 6/3 e, em pouco mais de duas horas, conquistou o primeiro título da carreira e logo um Masters 1000, o segundo patamar mais importante do circuito, atrás apenas dos Grand Slams, faturando mais de um milhão de dólares pela campanha, o dobro do que tinha conseguido até então na vida profissional.

A magnitude do feito se mede nos números bizarros: é o jogador de ranking mais baixo a conquistar um Masters 1000, o primeiro monegasco a vencer um torneio de ATP em simples e apenas o terceiro qualifier campeão de um torneio desse nível. De quebra, entra para o top 40 mundial, saltando 164 posições em uma semana que redefiniu o possível.

Mas para além das estatísticas, o triunfo de Vacherot é um lembrete bonito demais sobre a persistência. Num circuito dominado por superatletas e planejamentos milimétricos, ele apareceu como uma exceção, já aos 26 anos. Assim, Xangai 2025 será lembrado para sempre. Uma história que combina acaso, mérito e emoção. Vacherot não ganhou só um título: ele mostrou a capacidade de surpreender e provar que, de vez em quando, o impossível ainda é possível. Foi extraordinário.

Floresta não subiu por 1 ponto apenas

Faltou pouco para o Floresta subir para a Série B do Campeonato Brasileiro. Na sexta rodada do quadrangular, bastava apenas mais um gol para a equipe garantir a vaga, se vencesse o Caxias de virada, mas ficou no 1 a 1.

O time sempre teve uma defesa sólida na Série C, mas o ataque deixou a desejar nos momentos decisivos. Ainda assim, a campanha foi extremamente digna, especialmente considerando o elenco enxuto e a proposta tática adotada.

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Mais 3!

1. Ainda na Série C, subiram Ponte Preta, Náutico, Londrina e São Bernardo. A final: Ponte Preta x Londrina.

2. Como o Santa Cruz subiu da Série D para a C, um grande pernambucano seguirá na competição.

3. E com o acesso do Náutico, só o Sport, no Recife, vai lamentar a temporada.

 

Foto do Fernando Graziani

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