Âncora do programa Esportes do Povo nas rádios O POVO CBN e CBN Cariri, além do Canal FDR TV e plataformas digitais; comentarista de esportes da Rádio O POVO CBN e CBN Cariri; colunista do O POVO impresso, O POVO+ e redes sociais do O POVO. Além de Comunicação, é formado em Direito
Foto: Foto por SAMEER AL-DOUMY / AFP
O Brasil ficou no 1 a 1 com a Tunísia
A seleção brasileira empatou com a Tunísia em 1 a 1, na França, nesta terça-feira, 18. A equipe não repetiu o desempenho da vitória sobre Senegal por 2 a 0, no sábado passado. Apesar disso, os números contam parte da história: foram 22 finalizações brasileiras contra apenas sete do adversário e cerca de 70% de posse de bola.
O domínio existiu, evidentemente, mas a falta de eficiência nas conclusões ficou escancarada, além de uma dificuldade em momentos do jogo de infiltrações na área e jogadas efetivamente agudas. E o pênalti perdido por Lucas Paquetá na segunda etapa - muito mal batido, sem convicção - sintetiza esse desperdício.
O ponto é que a escolha do batedor foi problemática. Estêvão, que já havia convertido muito bem a primeira cobrança, empatando a partida, vive fase claramente superior, estava em campo e queria bater. Ainda assim, a comissão técnica decidiu manter Paquetá. Foi um erro de avaliação de Ancelotti, que justificou a decisão para tirar a pressão do atacante, algo sem lógica alguma. De toda forma, amistoso serve justamente para isso: identificar equívocos antes que eles custem caro, incluindo os do próprio treinador. Melhor errar agora do que na Copa.
O balanço dos dois amistosos, porém, é positivo. Senegal e Tunísia exigiram mais do Brasil do que vários jogos das Eliminatórias. Foram testes verdadeiros, com intensidade e pressão, importantes para Carlo Ancelotti observar o elenco.
A espinha dorsal do time está definida, mas ainda há questões abertas: as laterais seguem em disputa, alguns reservas imediatos não convenceram e a volta de Raphinha colocará um dilema real — quem sai? Pelo que apresentou, Estêvão foi o melhor jogador do Brasil nas duas partidas. Mantendo saúde e ritmo, tem chances reais de ser titular.
Há, porém, um desafio incontornável. Depois deste jogo, restam só quatro amistosos até a Copa. Ancelotti fez apenas oito partidas no comando e chegará à estreia com um total de 12. É muito pouco para montar um time de Mundial, mas o trabalho é bom e o grupo demonstra evidente evolução.
O ciclo foi extremamente malfeito desde 2022, com perda excessiva de tempo, decisões tardias, trabalhos sem noção — Fernando Diniz e Dorival Júnior que o digam - e mudanças de rumo que custaram anos preciosos. Mas, ainda assim, o Brasil não pode e nem deve ser descartado para o título. Não está entre os favoritos destacados, mas jamais será zebra.
Faltam 204 dias para o Mundial
O sorteio da Copa do Mundo de 2026 será realizado no próximo dia 5 de dezembro. Das 48 seleções participantes, 42 estarão nos potes. Assim, dos 12 grupos de quatro seleções cada, seis estarão completos e os outros seis, com apenas três equipes. As repescagens para definir as seis vagas derradeiras - quatro da Europa e duas de um torneio com equipes do resto do mundo - serão em março de 2026.
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Mais 3!
1. Coincidência: Noruega, Áustria e Escócia estão entre as 12 seleções da Europa já classificadas para a Copa.
2. Os três países disputaram a competição pela vez mais recente em 1998, na França.
3. Assim, 28 anos depois, juntas, estarão na fase final de um Mundial, todas líderes de seus grupos.
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