Âncora do programa Esportes do Povo nas rádios O POVO CBN e CBN Cariri, além do Canal FDR TV e plataformas digitais; comentarista de esportes da Rádio O POVO CBN e CBN Cariri; colunista do O POVO impresso, O POVO+ e redes sociais do O POVO. Além de Comunicação, é formado em Direito
O Fortaleza ainda vive uma luta dramática contra o rebaixamento, mas, independentemente da queda ou não, a transformação recente do time tem nome e sobrenome: Martín Palermo. O argentino não apenas reorganizou o elenco, mas deu ao clube a sensação de que é possível competir de novo. Em um cenário em que cada detalhe pesa, seu trabalho recolocou o Tricolor no eixo e, sobretudo, no campeonato.
Desde que assumiu o comando em meio a um cenário crítico, trazido por Marcelo Paz, com a equipe fazendo campanha péssima - eram apenas 15 pontos em 21 jogos -, Palermo introduziu competitividade, clareza e senso de direção ao Tricolor em campo.
Os números traduzem essa reviravolta com precisão: em 13 jogos, Palermo somou 19 dos 39 pontos possíveis — um aproveitamento de 48,7%. É praticamente o dobro do que o Fortaleza entregava antes de sua chegada. E há um dado que dimensiona ainda mais seu impacto: se o campeonato considerasse apenas a campanha sob seu comando, o Fortaleza figuraria hoje na oitava colocação da Série A.
A comparação com seus antecessores deixa a diferença evidente. Vojvoda, que dirigiu o time também por 13 partidas nesta edição do Campeonato Brasileiro, conseguiu apenas 10 pontos, com rendimento de 25,6%. Renato Paiva foi ainda menos produtivo: cinco pontos em oito jogos, 20,8%. Dentro da mesma competição, enfrentando problemas e desgastes semelhantes, o ex-atacante e sua comissão técnica entregam muito mais.
Mas não é só a matemática que explica o salto. Mesmo sem experiência prévia no futebol brasileiro, Palermo identificou rapidamente uma espinha dorsal, repetiu escalações, reorganizou posicionamentos e devolveu confiança a jogadores que pareciam desconectados do jogo. Mancuso, Ávila, Bareiro, Pierre e Herrera ressurgiram.
Há melhora tática e a equipe ocupa os espaços com mais inteligência, mas há, sobretudo, reconstrução emocional. O Fortaleza voltou a competir como quem acredita que ainda há saída, apesar de ainda colecionar erros defensivos que custam caro.
A tabela continua impiedosa: o clube tem 34 pontos, agora em 18º lugar e observa o Santos, primeiro fora da zona, três pontos acima, com 37. Restam apenas quatro rodadas para tentar um resgate que, há algumas semanas, parecia improvável. Se houver uma arrancada final, ela terá assinatura clara.
O número que importa
Após a ótima presença de público contra o Inter, na derrota por 2 a 1, o Ceará passou a ter média de 33.671 pagantes na Série A, a sexta melhor da competição, atrás apenas de Flamengo, Cruzeiro, Corinthians, Bahia e Palmeiras.
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Mais 3!
1. Sobre a derrota do Ceará, a expulsão justa de Vina, logo no início, tirou da equipe o direito de impor tudo que foi trabalhado durante a longa Data Fifa. Esse é o grande prejuízo, além dos três pontos.
2. Agora com seis derrotas como mandante - tem também sete vitórias e quatro empates -, o Ceará é o sexto pior time da Série A em casa, com 49% de aproveitamento.
3. Na segunda-feira que vem, o Alvinegro, oitavo melhor visitante, viaja para enfrentar o Mirassol, que ainda não perdeu em casa. São 11 vitórias e seis empates.
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