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Ceará e Fortaleza, juntos, devem perder pelo menos R$ 200 milhões em receitas
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Âncora do programa Esportes do Povo nas rádios O POVO CBN e CBN Cariri, além do Canal FDR TV e plataformas digitais; comentarista de esportes da Rádio O POVO CBN e CBN Cariri; colunista do O POVO impresso, O POVO+ e redes sociais do O POVO. Além de Comunicação, é formado em Direito

Ceará e Fortaleza, juntos, devem perder pelo menos R$ 200 milhões em receitas

É o tipo de corte que muda projetos, desfaz elencos e altera ambições
Tipo Opinião
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Clássico-Rei agora será na Série B (Foto: Samuel Setubal)
Foto: Samuel Setubal Clássico-Rei agora será na Série B

Ceará e Fortaleza chegaram ao fim de 2025 como o rebaixamento. Depois de 17 anos, ambos vão disputar, juntos, a Série B. Com a queda, as feridas esportivas e econômicas vão se abrir, como é natural A queda não é apenas de divisão, mas de patamar, ao menos temporariamente.

Os números escancaram o tamanho do desafio. O Fortaleza previa para 2025 uma receita de R$ 387 milhões e o Ceará, R$ 230 milhões. Somados, mais de 600 milhões que dependiam, em grande parte, da continuidade na Série A. A realidade agora será outra. O impacto é imediato - bilheteria menor, planos de sócio-torcedor sob pressão, patrocínios reavaliados. Mas nada pesa tanto quanto a brutal diferença dos direitos de transmissão.

Na elite, a TV garante cifras que sustentam boa parte do orçamento. A LFU, em média, paga cerca de R$ 130 milhões aos seus filiados na Série A. Na Série B, os valores são drasticamente reduzidos, chegando no máximo aos R$ 10 milhões por ano.

A projeção mais realista aponta que, juntos, os clubes podem perder mais de 200 milhões de reais em receitas. É o tipo de corte que muda projetos, desfaz elencos e altera ambições. O que era planejamento vira reconstrução.

Não se trata apenas de lamentar. Óbvio que o rebaixamento não apaga conquistas e a evolução nos anos recentes, porém, obriga escolhas duras. Reduzir custos sem perder competitividade e tratar o fracasso como oportunidade de reorganização.

A Série B será um teste de resiliência. Os dois rivais terão de mostrar que a ascensão dos últimos anos não foi um ciclo isolado, mas o início de uma era. Voltar é obrigação. 

Foto do Fernando Graziani

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