Âncora do programa Esportes do Povo nas rádios O POVO CBN e CBN Cariri, além do Canal FDR TV e plataformas digitais; comentarista de esportes da Rádio O POVO CBN e CBN Cariri; colunista do O POVO impresso, O POVO+ e redes sociais do O POVO. Além de Comunicação, é formado em Direito
É hora de aceitar o momento, entender as limitações e seguir em frente. Sofrer agora para tentar voltar depois. O futebol cearense já mostrou outras vezes que sabe cair, levantar e lutar. Não será diferente
Foto: Montagem sobre fotos de Lucas Emanuel/FCF e Samuel Setubal
Torcidas de Ceará e Fortaleza nos estádios Presidente Vargas e Castelão, em Fortaleza
Ao torcedor cearense,
2025 foi um ano duro. Muito duro, dramático e difícil de atravessar. O rebaixamento de Ceará e Fortaleza para a Série B deixou marcas, feriu o orgulho e esfriou aquela empolgação que sempre foi uma das grandes forças do nosso futebol.
Antes de promessa, antes de ilusão, é preciso entender o cenário. O ano que vem será de menos dinheiro, elencos mais modestos e escolhas mais cuidadosas. Não tem como fugir disso. A Série B cobra planejamento, cobra paciência e pune erro repetido.
Ainda assim, e isso precisa ser repetido, Ceará e Fortaleza têm obrigação de brigar para voltar à Série A. Não porque será fácil, mas porque a história, a estrutura e o tamanho dos clubes exigem isso. A Série B é um campeonato ingrato, traiçoeiro, que não perdoa distração. Vai ser preciso saber sofrer. Não tem outro caminho.
Os dois clubes começam o novo ciclo com técnicos novos. Carpini no Fortaleza, Mozart no Ceará. Já escrevi que entendo terem sido ótimas escolhas. Times diferentes, ideias diferentes, reconstruções que precisam começar já, com o pé no chão e sem pressa irresponsável.
Nesse cenário, a arquibancada volta a ser importante. Sempre foi. Basta lembrar que, juntos, Ceará e Fortaleza levaram mais de 1,15 milhão de pagantes na Série A. Esse número não é detalhe. Diz muito sobre a força do futebol cearense. É verdade que a torcida não ganha jogo sozinha. Mas presença, apoio e ambiente contam. E contam bastante.
A decepção da queda ainda está aí. E vai ficar por um tempo. Ninguém precisa fingir que não dói porque o inacreditável aconteceu. Mas o torcedor também vive de esperança. E o desafio da retomada costuma ser um convite difícil de recusar. A tendência é que muita gente compre essa ideia, participe do processo e empurre os clubes na tentativa de reconstrução.
Tem também Campeonato Cearense, Copa do Nordeste e Copa do Brasil. Competições que ajudam a recuperar confiança, identidade e, principalmente, a conexão com a torcida. É hora de aceitar o momento, entender as limitações e seguir em frente. Sofrer agora para tentar voltar depois. O futebol cearense já mostrou outras vezes que sabe cair, levantar e lutar. Não será diferente.
Campeonato Cearense 2026
No dia 6 de janeiro já começa o Campeonato Cearense, com Maracanã x Ferroviário. Nesta primeira rodada, Ceará e Fortaleza não participam. Os rivais entram em campo a partir da segunda rodada. O Alvinegro no dia 10, contra o Floresta e o Tricolor no dia 11, no clássico contra o Ferroviário.
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Férias da coluna e do colunista
1. Aos queridos leitores: chegou o momento de fazer uma breve pausa nos textos da coluna. Estarei em férias pelos próximos 15 dias.
2. Aproveito para agradecer a companhia, o carinho e o interesse ao longo deste período. É sempre um privilégio dividir reflexões e informações com vocês.
3. Desejo um Feliz Natal e um Ano Novo com realizações na medida dos objetivos de cada um. A coluna volta no dia 2 de janeiro. Um abraço, muito obrigado e até lá.
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