Ainda se recuperando de contusão e sem prazo para voltar ao time titular, Felipe Alves viu Fernando Diniz assumir o comando do São Paulo na semana que passou, logo após a demissão de Cuca. O goleiro também viu o Fortaleza mandar embora Zé Ricardo e contratar novamente Rogério Ceni, que indicou Felipe para o Tricolor.

Diniz e Alves são muito próximos, já que o estilo do arqueiro - hábil também com a bola nos pés - é o preferido do treinador, que indica sua contratação sempre que possível. Não por acaso, ambos já trabalharam juntos em sete clubes diferentes: Paulista de Jundiaí, Atlético Sorocaba, Guaratinguetá, Paraná, Oeste, Audax e Athletico-PR.

Com Rogério Ceni a relação também é a melhor possível. Ainda que tivesse Marcelo Boeck como titular, Ceni pediu a contratação de Felipe Alves e lhe deu um campeonato - o estadual de 2019 - para mostrar seu talento e conquistar a vaga que era de um ídolo dos torcedores.

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O contrato de Felipe Alves com o Fortaleza vai até dezembro deste ano e o jogador, apesar de ter sido procurado pela diretoria para renovação, não quis abrir conversa e só o fará depois do término da temporada. Será fundamental para sua decisão a permanência de Rogério Ceni no Fortaleza e da equipe na Série A em 2020, da mesma forma que será relevante a permanência de Fernando Diniz no São Paulo para a próxima temporada. Isso sem contar as demais propostas que ele terá, afinal, faz um 2019 brilhante e é dono de seus direitos econômicos.

Sem empresário, Felipe cuida dos próprios contratos e da carreira. Sua inteligência acima da média chama a atenção no Fortaleza. É raro um atleta com esse perfil no futebol, que alia também discrição. Não por acaso sequer mora na região da Beira-Mar, reduto da maioria esmagadora dos atletas de fora que atuam por Fortaleza e Ceará, e escolheu um condomínio fechado distante do centro para viver com a mulher e os gêmeos recém nascidos.