Editor Chefe de Esportes do O POVO; apresentador do Esportes do Povo no Canal FDR e nas rádios O POVO CBN e CBN Cariri e plataformas digitais; comentarista de esportes da Rádio O POVO CBN/CBN Cariri. Além de Comunicação, é formado em Direito
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Após a negativa de Rossi em jogar no Ceará - o atacante optou pelo Bahia - o Alvinegro não contratou nenhum atleta para o setor ofensivo. A proposta pelo atleta foi alta - R$ 300 mil mensais, além de luvas - e indica que o clube, organizado financeiramente, tem possibilidade de investimento para reforçar o elenco no terço de campo mais carente da equipe.
Em 2019 ficou nítido que a falta de um artilheiro comprometeu demais o desempenho do time. Foram diversas grande atuações, com dezenas de chances desperdiçadas. Para 2020 a diretoria trouxe Rodrigão, Sóbis, Rogério e Léo Chu para o ataque (além da manutenção de Leandro Carvalho, Bergson e Mateus Gonçalves) e o que se vê ainda são muitos problemas no setor.
Rogério jamais foi artilheiro; vinha de anos recentes rendendo muito pouco e segue a mesma toada no Ceará. Rodrigão marcou 19 gols ano passado e sabe fazer gols - a ideia de trazê-lo foi correta - mas em dois meses no clube coleciona más atuações, chances perdidas e nenhum gol. Léo Chu é um jovem que veio do Grêmio e não é centroavante.
O caso de Sóbis é mais complexo; ótimo jogador com a bola nos pés e bom finalizador, tem sido escalado como centroavante - erradamente, na minha visão - mas passa as partidas isolado porque meio-campistas e demais atacantes não se aproximam. O resultado: ele volta ao meio campo para tentar participar do jogo e passa a alternar momentos de esgotamento físico com correria desnecessária. Na temporada foram duas assistências e nenhum tento anotado.
Diante deste cenário, os responsáveis pelo futebol do Ceará estão sem alternativa, a não ser investir em atletas que efetivamente tenham mais chance de render e colocar a bola para dentro do gol - nem que para isso emprestem ou negociem outros.
A Série A 2019 já foi um aviso mais do que suficiente.
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