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Tão longe, tão perto
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Professora em MBAs de Marketing do IBMEC Business School e da Unifor. Consultora na Gal Kury Marketing & Branding.

Gal Kury opinião

Tão longe, tão perto

A colunista fala de aventura com três amigas pelo Tocantis e o quanto ela reforça a riqueza do Brasil em suas referências culturais e na sabedoria popular
Tipo Opinião
Gal Kury 
Consultora de marketing e professora universitária  
 (Foto: Acervo pessoal)
Foto: Acervo pessoal Gal Kury Consultora de marketing e professora universitária

A inspiração para este artigo vem de um clichê antigo que diz que "existem diversos brasis dentro do Brasil".

Se pensarmos nas dimensões continentais, na riqueza e na diversidade da população, essa afirmação torna-se uma realidade e logo essa sensação de cosmopolitismo regional ganha força quando conhecemos regiões que nos parecem longínquas e completamente fora de nossa realidade.

Estive recentemente no Tocantins (região do Jalapão), localizado no centro-oeste do país, com o cerrado descortinando, e uma forte vocação para o turismo de aventuras e eco turismo.

Foi um encontro inesperado e inusitado nas trações de um veículo 4x4 em que quatro pessoas encontraram abrigo e mataram a sede de desbravar, vindas de estados diferentes: Eu, do Rio de Janeiro, Chris, do Ceará, Kelly, de São Paulo e Roberta, de Minas Gerais.

Cada uma com suas vidas e profissões que, deliberadamente, foram deixadas de lado por uma semana, movidas por uma viagem em comum, e um encontro que nos fez perceber como nosso país é rico em referências culturais e em sabedoria popular.

Nos deleitamos nos mágicos sabores do restaurante da Dona Almerinda, à beira de uma estrada de terra depois de percorrermos mais de 150km, onde fomos recebidos com seu sorriso largo e uma comida caseira fantástica, lentamente cozida no forno à lenha. Luxos acessíveis que nos permitimos quando decidimos sair do convencional.

Será que precisamos fugir para conseguir encontrar aquilo que todo dia nos parece faltar? Num pôr do sol mágico escutando "Anunciação" de Alceu Valença, nunca pareceu tão certa o trecho que diz "tu vens, tu vens, eu já escuto os teus sinais", como uma mensagem clara e inequívoca, um aviso de que é preciso desacelerar e sintonizar com o meu verdadeiro "eu", que esteve há pouco na beira de estradas improváveis, apreciando o óbvio, mas que por tantas vezes já esteve à beira de um cansaço inevitável que a vida (sur)real chama.

Lá ouvi que "coração de jalapoeiro não bate, trepida". O que tem feito o seu bater e encher teus pulmões de vida?

Foto do Gal Kury

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