Professora em MBAs de Marketing do IBMEC Business School e da Unifor. Consultora na Gal Kury Marketing & Branding.
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Os olhares incrédulos dos meus cachorros dão a tônica do exagero das minhas comemorações durante a Olimpíada. "Boora! Vaai!" E seguimos entre um compromisso e outro com os olhos pregados na telinha do celular.
O torcedor brasileiro é conhecido pelo seu entusiasmo e passionalidade, além da rapidez com que fazem memes, hashtags e comentários sobre os atletas. Bordões de narradores são repetidos e incorporados chegando os assuntos mais comentados nas redes sociais.
Surpresas adoráveis de esportes neófitos na Olimpíada como o surfe e o skate trouxeram medalhas e muita emoção, produzindo também declarações apaixonadas aos atletas.
Porém, alguns fatos capturaram a minha atenção e que merecem destaque. O famoso "espírito olímpico", e o fairplay (jogo justo, forma leal de agir, conduta ética) muitas vezes foi esquecido em exemplos tais como: no pódio triplo da Jamaica nos 100 metros rasos femininos, a segunda e terceira colocadas sequer cumprimentaram a primeira colocada, aliás, bicampeã olímpica.
Outra questão que foi a tônica é a grita de torcedores, xingando e brigando on line alegando "roubo" e favorecimento aos atletas que não sejam brasileiros em provas que perdemos ou não alcançamos o lugar mais alto do pódio.
E o nosso nome mais badalado do surfe, ao não ser classificado para a final sequer deu os parabéns ou cumprimentou publicamente o ganhador do ouro, também brasileiro.
Finalmente, a dupla feminina de vôlei de praia da Suíça, gritando e encarando agressivamente na rede as adversárias, sem tomar nenhuma advertência.
Mas por outro lado, foi lindo assistir a aula de fairplay de meninas muito novas, algumas com treze anos, competidoras no skate, com sorrisos nos rostos, abraços afetuosos e muita alegria em competir. Ou as histórias de superação de nossos representantes no atletismo.
Claro que, anos de preparação em condições por muitas vezes adversas e um revés nos resultados pode ser devastador para um atleta. Porém, em um evento global e midiático é preciso assumir também o papel de um ídolo que dá exemplos e serve de inspiração para tantos.
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