
Professora em MBAs de Marketing do IBMEC Business School e da Unifor. Consultora na Gal Kury Marketing & Branding.
Professora em MBAs de Marketing do IBMEC Business School e da Unifor. Consultora na Gal Kury Marketing & Branding.
Paola Carosella sofre acidente e não termina as gravações do programa. A ligação de Rita Lee com os extraterrestres e as drogas. Como Tata Werneck controla o câncer. Sabe o que todas estas frases têm em comum? São manchetes de páginas em portais de notícias com alto índice de visibilidade, que deram a impressão de algo com muito mais gravidade justamente para chamar a atenção. A ideia é fazer as pessoas se interessarem e assim clicarem em cima da matéria em busca de mais informações.
No primeiro caso, o leitor iria descobrir que a Chef Paola quebrou um dedo no denominado "acidente", a cantora Rita Lee teve sua brilhante trajetória de 50 anos de música, reduzida a situações que a minimizam e finalmente a atriz e comediante Tata tinha realizado apenas um exame preventivo de cólon. Vem então a questão: por que se valer deste expediente sensacionalista para atrair audiência, mesmo que após as primeiras linhas de leitura as pessoas descubram isso? Estes são apenas alguns exemplos que peguei nesta semana, porém este recurso é repetido diariamente.
No material promocional de vendas dos veículos uma das métricas que os tornam atraentes é justamente o número de visitantes por páginas. A lógica é: se eu puder comprovar que x pessoas visitaram a minha página, terei mais valor de mercado. Não importando o que utilizei como isca. Pensando na teoria dos processos comunicacionais temos um conceito, conhecido pela sigla AIDA - Atenção, Interesse, Desejo e Ação - que remete aos passos que devemos seguir visando a ação, ou seja, o clique para leitura ou comprar um produto, seguir uma página de uma marca, por exemplo. As manchetes citadas anteriormente seguem esta cartilha apostando na curiosidade motivada por uma situação grave ou desconhecida, quase num clima de furo em primeira mão.
Nesta corrida de vale-tudo-por-um-clique, muitos deixam a credibilidade da empresa e a satisfação do cliente de lado, criando uma falsa expectativa e o consequente desapontamento das pessoas. E o mais grave: trazendo a sensação de que sempre estão querendo nos enganar. n
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