Colunista de política, Gualter George é editor-executivo do O POVO desde 2007 e comentarista da rádio O POVO/CBN. No O POVO, já foi editor-executivo de Economia e ombudsman. Também foi diretor de Redação do jornal O Dia (Teresina).
Colunista de política, Gualter George é editor-executivo do O POVO desde 2007 e comentarista da rádio O POVO/CBN. No O POVO, já foi editor-executivo de Economia e ombudsman. Também foi diretor de Redação do jornal O Dia (Teresina).
Os tempos de rádio e TV dos candidatos à prefeitura de Fortaleza estão definidos, após sorteio realizado na manhã dessa segunda-feira pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Capitão Wagner, do Pros, será o primeiro a aparecer, o pedetista José Sarto disporá de longos 4 minutos diários para passar seu recado, a maior carga dentre os 11 que estão na briga pelo Paço, de longe. Mas, e daí?
Há muitas dúvidas acerca do peso real que o tempo do chamado horário gratuito terá sobre as campanhas.
Até uma certa angústia entre os que apostam no espaço no rádio e TV como meio de se fazerem mais conhecidos da população e, assim, melhorarem suas performances nas pesquisas de opinião pública.
Para algumas estratégias a etapa está inserida com o selo de "decisiva".
O período mais curto de campanha efetiva, oficial, com autorização para sair às ruas, pedir votos etc, aumenta o nível de incertezas.
Muito embora, de verdade, o que realmente estabelece as grandes dúvidas sobre o que acontecerá em 2020 é o efeito pandemia, para o qual inexistem respostas prontas, nossas ou das campanhas e seus coordenadores, acerca da influência definitiva que terão no resultado da eleição em curso.
A exposição que o horário permite, especialmente com as inserções que ao longo do dia invadem as programações das emissoras, falando para todos os públicos, representará, em algumas situações, o pontapé necessário para fazer uma candidatura avançar.
A questão é que a etapa seguinte, com o quesito rua, estará submetida a muitas restrições e limitações dentro de um quadro que poderá ser impactado negativamente pelo justificado combate que as autoridades estão fazendo a eventos que gerem aglomerações, ainda dentro de um esforço de conter a expansão do novo coronavírus.
Ou seja, o povo está sendo extraído da equação, por boa que seja a causa, o que termina sendo um problema para planejamentos determinados.
Agora, também esse exercício de indicar perdas e danos com a falta de rua na campanha é meio que um chute.
O nível de excepcionalidade em que transcorrerá a campanha eleitoral até o seu final, em 15 (primeiro turno) ou 29 (segundo) de novembro permite apenas exercícios como este que fazemos agora, conjecturando, especulando e, como resultado, imaginando o que poderá acontecer.
Mais do que isso é impossível.
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