Colunista de política, Gualter George é editor-executivo do O POVO desde 2007 e comentarista da rádio O POVO/CBN. No O POVO, já foi editor-executivo de Economia e ombudsman. Também foi diretor de Redação do jornal O Dia (Teresina).
Colunista de política, Gualter George é editor-executivo do O POVO desde 2007 e comentarista da rádio O POVO/CBN. No O POVO, já foi editor-executivo de Economia e ombudsman. Também foi diretor de Redação do jornal O Dia (Teresina).
No quebra-cabeça em que acaba se transformando uma campanha eleitoral, obrigando quem está no jogo a ter inteligência na hora de juntar as peças, as pesquisas são fundamentais no aspecto em que permitem orientar o ritmo das ações que realmente importam e influenciam.
O momento certo para o ataque, o silêncio, para a humildade etc etc deve ser buscado através da ciência, ampliando o grau de certeza de que aquele fato determinado pode agregar valor de verdade.
Os números do Ibope sobre Fortaleza estão anunciados, trazem poucas surpresas ou novidades em relação àquilo que já se esperava, no geral, mas, valerão às campanhas na medida em que servirem à orientação de novas estratégias.
Aliás, as últimas horas já mostraram um pouco de efeito do aparecimento dos priemeiros resultados de consultas ao eleitorado acerca do que pensa sobre a disputa e os nomes envolvidos nela.
Há quem considere que tem faltado até agora, neste 2020, aquele clima de campanha real, a tensão, o espírito das ruas.
Uma verdade que começa a ser justificada pelo fato de termos uma conjuntura que não é comparável a nenhuma outra que se tenha vivido antes em tempos eleitorais.
Com aglomerações desestimuladas e até proibidas parece natural imaginar um esfriamento no debate, que começa no eleitor e chega aos candidatos.
Bom, mas, voltando a falar das últimas horas e dias, não por coincidência quando começaram a circular os dados públicos de pesquisas encomendadas a vários institutos, a temperatura política já começou a mudar e parece estar um pouco mais elevada nesse momento.
Muito em função de, agora, viver-se a expectativa do que trará o Datafolha, próximo da fila e visto por muitos como o mais confiável, de resultados mais próximos do que é a realidade.
O governador Camilo Santana (PT) subiu o tom contra o Capitão Wagner (Pros) por alguma razão que é estratégica. O prefeito Roberto Cláudio (PDT) seguiu algo semelhante ao se manifestar numa mesma linha de ataque ao candidato de oposição que lidera as pesquisas e este, tanto no silêncio pessoal como nas respostas duras de aliados na forma de acusações à atual gestão, igualmente vai medindo atitudes para evitar dar um passo além do que o momento delicado recomenda.
É um jogo que na fase atual pede paciência e inteligência e que, daqui a pouco, mas só daqui a pouco, passará a exigir força e intensidade.
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