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Sobre o que Camilo Santana não fez e não disse
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Colunista de política, Gualter George é editor-executivo do O POVO desde 2007 e comentarista da rádio O POVO/CBN. No O POVO, já foi editor-executivo de Economia e ombudsman. Também foi diretor de Redação do jornal O Dia (Teresina).

Sobre o que Camilo Santana não fez e não disse

Prefeito Roberto Claudio e governador Camilo Santana.(BARBARA MOIRA/ O POVO) (Foto: BARBARA MOIRA)
Foto: BARBARA MOIRA Prefeito Roberto Claudio e governador Camilo Santana.(BARBARA MOIRA/ O POVO)

Nem sempre a gente consegue ser tão claro quanto gostaria ao expor uma opinião acerca de determinado
assunto. Aconteceu comigo na gravação do podcast Jogo Político, na manhã dessa quinta-feira, dia 14, Discutíamos, eu e o colega jornalista Érico Firmo, sobre o imbróglio da escolha da candidatura governista ao Palácio da Abolição e fiz uma crítica, reafirmável agora em quase todo seu conteúdo, à postura que passou a ser adaptada a partir de um certo momento por vozes de comando do PT estadual, apresentando um veto ao nome do ex-prefeito Roberto Cláudio.

O erro que cometi na análise feita para o podcast foi incluir, até nominando-o, Camilo Santana no bloco dos que vetam RC. Não disponho de informação de que o ex-governador de fato integre o movimento de rejeição ao ex-prefeito dentro do PT e também não existe declaração pública que indique apoio dele à ideia. Portanto, as coisas acabaram se misturando um pouco no comentário que fiz e, como é próprio ao momento, a análise está sendo explorada por quem entende que ela serve a algum tipo de estratégia.

Coloquemos as coisas em termos mais claros, então. Entendo que as vozes do PT que hoje aparecem anunciando que o partido poderá ter candidato próprio caso a opção pedetista seja pelo nome de Roberto Cláudio cometem um ato de deslealdade com a aliança, pois apresentam agora uma posição que deveria ter ficado clara lá atrás. E não, Camilo Santana não faz parte deste bloco.

O que tem feito o ex-governador, neste caso de maneira que reconheço totalmente legítima, é manifestado sua preferência, dentre os quatro nomes apresentados como pré-candidatos pelo PDT, pela atual governadora Izolda Cela, que foi sua vice nos sete anos e cinco meses em que comandou a gestão. Até onde sei, é fato, sem que Camilo sugira que a escolha por outro nome o faria defensor de um rompimento e do lançamento de uma candidatura própria pelo PT.

É um esclarecimento necessário, até em função do interesse pessoal que tenho de aclarar o que de fato quis dizer ao criticar uma mudança oportunista de posição de petistas após meses de conversas com os aliados locais do PDT sem que o tal veto definitivo a Roberto Cláudio tivesse aparecido.

Uma opinião que para ser ainda mais limpa e clara precisa excluir também Luizianne Lins, José Airton e os grupos políticos de ambos, já que desde o começo são defensores de uma candidatura petista ao governo, até colocando os próprios nomes à disposição, se necessário, sempre sinalizando para uma dificuldade intransponível de subir no palanque caso o escolhido como candidato seja o ex-prefeito de Fortaleza.

Posto isso, o que mais se disser acerca das análises que fiz ao participar do Jogo Político será fruto dos interesses em pauta, aos quais não estou atrelado.

Foto do Guálter George

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