
Colunista de política, Gualter George é editor-executivo do O POVO desde 2007 e comentarista da rádio O POVO/CBN. No O POVO, já foi editor-executivo de Economia e ombudsman. Também foi diretor de Redação do jornal O Dia (Teresina).
Colunista de política, Gualter George é editor-executivo do O POVO desde 2007 e comentarista da rádio O POVO/CBN. No O POVO, já foi editor-executivo de Economia e ombudsman. Também foi diretor de Redação do jornal O Dia (Teresina).
Os oito acusados de integrarem o núcleo central da tentativa de golpe de Estado hoje sob julgamento na 1ª turma do STF tinham na manifestação diante dos ministros um palco perfeito para turbinarem o discurso de que o processo atropelou a institucionalidade e que vivemos uma ditadura da toga.
Não haveria oportunidade melhor para fortalecer a denúncia de abusos e excessos cometidos pelo relator, ministro Alexandre de Moraes, inclusive aproveitando a atenção nacional e até global com o que acontecia no STF. Em especial para o ex-presidente Jair Bolsonaro, cuja situação pessoal levou Donald Trump a impor uma série de sanções comerciais contra o Brasil e autoridades do nosso país como solidariedade por alegadas ilegalidades no processo.
Ao contrário do que alguns tinham como expectativa, os advogados que se revezaram no púlpito da sala onde o julgamento acontece aproveitaram o momento - uma hora destinada a cada um dos oito acusados - para encher de elogios os ministros que dele participam, incluindo Alexandre de Moraes. O mesmo que bolsonaristas vivem a demonizar nas redes sociais e nos espaços de entrevistas que ocupam.
Caso sejam sérios e baseados na realidade os relatórios que chegam às mãos do presidente Donald Trump para suas tomadas de decisão seria possível imaginar, até, que esteja por vir uma revisão em sua política tarifária no que diz respeito às sanções que aplica contra o Brasil.
Pode ser hora de, enfim, a Casa Branca tirar o peso político que publicamente assumiu fazer parte do cálculo de aplicação dos índices de sobretaxas, já que, na voz dos próprios defensores de Bolsonaro e dos outros sete que com ele respondem pelo golpismo que assolou o Brasil, está tudo normal com o processo que avança firme no rumo de lhes impor uma punição rigorosa. É difícil que aconteça, mas seria o certo.
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