Psicoterapeuta sistêmico com especialização em Psicologia Transpessoal e Psicoterapia Somática Integrada. Viveu na Índia onde se aprofundou em diversas abordagens terapêuticas e de meditação. Fez cursos e supervisão em Constelação Familiar com Bert e Sophie Hellinger e foi o introdutor da Constelação no Ceará; Ashara atende individualmente e ministra cursos de formação em Constelação em diversas cidades do Brasil. Veja mais: www.ashara.com.br
No momento em que curamos essa raiz sistêmica, o fluxo de amor interrompido volta a fluir, todas as feridas começam a ser integradas e a repetição do problema cessa.
Quando pensamos numa família lembramos dos pais, filhos, irmãos, netos, avós, bisavós. Incluímos membros que pertencem consanguineamente a essa família. Porém, quando pensamos em um sistema familiar, no formato desenhado por Bert Hellinger - o criador da Constelação Familiar, temos que acrescentar todos que de alguma forma se envolveram nos destinos dessa família.
Se alguém não ligado à família foi responsável por uma perda desse grupo familiar, essa pessoa passa a pertencer ao sistema da mesma. Da mesma forma, se alguém contribuiu para alguma melhoria significativa dessa família, ela passa a pertencer ao sistema familiar da mesma.
Outra forma de pertencimento ao sistema é quando, por exemplo, o marido tem um filho fora do casamento. A partir de então, esse filho e a mãe do mesmo fazem parte do sistema familiar do marido.
Por que essa definição de sistema familiar é importante? Porque quando excluímos membros do sistema, consciente ou inconscientemente, os excluídos precisam ser representados. Alguém precisa ‘viver por ele’ porque o sistema não admite exclusão.
O problema surge quando esse excluído foi mantido em segredo. Ele se torna um segredo de familiar e isso gera emaranhamentos familiares. Emaranhamentos são problemas de toda sorte. Se esse excluído sofreu algo na sua vida, um filho da segunda ou terceira geração pode começar a viver esse sofrimento. Como se repetisse um padrão com o objetivo inconsciente de trazer de volta esse excluído.
Então, um problema sistêmico é aquele que se origina de segredos e destinos não revelados de gerações passadas. Se, por exemplo, um bisavô cometeu um assassinato, essa vítima que como expliquei agora pertence ao sistema familiar do avô, é ‘resgatada’ e ‘revivida’ por algum membro da família atual. Digamos que um neto desse avô passe a representar inconscientemente essa vítima. Ele pode, por exemplo, buscar situações de perigo, ou mesmo se envolver em algum tipo de crime.
Alguém poderia perguntar, “e se essa vítima realmente mereceu ser morta, isso não resultaria em algo bom para o sistema familiar?” Resposta: não, pois o sistema não admite julgamentos morais de bom e mal. Para o sistema houve uma perda, e essa perda precisa ser compensada.
"Quando notamos essa repetição de um padrão de dor, doença, falência ou morte nesse sistema, podemos concluir que esse é muito provavelmente um problema sistêmico."
Guilherme Ashara, terapeuta de Constelação Familiar
Outro caso bem comum acontece quando uma mulher ou mesmo o casal provoca um aborto. Esse aborto precisa ser compensado. Como se pode compensar ou incluir um aborto? Dando à essa criança abortada um lugar dentro do sistema. Se você exclui, esquece ou esconde essa criança abortada, você está desintegrando o sistema. No momento em que esses pais dão um lugar à essa criança abortada nos seus corações, imediatamente esse vácuo é preenchido e o sistema se reintegra.
Muitos clientes vêm a mim com a dúvida de sua questão ser sistêmica ou não. Se a questão for sistêmica ela precisa ser tratada com uma Constelação Familiar. Caso o problema não seja sistêmico, ela vai precisar de outra terapia.
A partir do que explanei anteriormente, o problema sistêmico é aquele que se origina dos antepassados. É como um trauma ou uma rachadura no sistema familiar de uma geração anterior que se repete a cada geração. Quando notamos essa repetição de um padrão de dor, doença, falência ou morte nesse sistema, podemos concluir que esse é muito provavelmente um problema sistêmico.
Pare um pouco a leitura agora para refletir se você tem um problema sistêmico na sua família. Mesmo a repetição de doenças como câncer pode ser de origem sistêmica. Observe também uma dificuldade que se repete com você ou com seu sistema familiar. Olhe também para a repetição de acidentes ou desastres na família. Casais que não conseguem ter filhos pode ser também um indício de questões sistêmicas.
Um outro fato bem comum que denota um problema sistêmico são as perdas precoces. Quando você ou sua família tiveram casos de abortos, natimortos ou mortes de membros da família até 25 anos de idade, claramente apontam para questões sistêmicas.
Quando você desconfiar que pode ter um problema sistêmico na sua família, o próximo passo é buscar um terapeuta de Constelação Familiar. O Constelador foi treinado para perceber essa raiz sistêmica e tem as ferramentas corretas para desfazer esse nó, esse emaranhamento. No momento em que curamos essa raiz sistêmica, o fluxo de amor interrompido volta a fluir, todas as feridas começam a ser integradas e a repetição do problema cessa.
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