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Moraes: faixas pediam "Bolsonaro presidente" e não "Mauro Cid presidente"
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Guilherme Gonsalves escreve sobre política cearense com foco nas atuações Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) e Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor), mostrando os seus bastidores desdobramentos no jogo político e da vida do cidadão. Repórter de Política do O POVO, setorista do Poder Legislativo, comentarista e analista. Participou do programa Novos Talentos passando pelas editorias de Audiência e Distribuição e Economia, além de Política. Também escreve sobre cinema para o Vida&Arte

Moraes: faixas pediam "Bolsonaro presidente" e não "Mauro Cid presidente"

O ministro relator do julgamento que condenou o ex-presidente a prisão chamou Bolsonaro de líder da organização criminosa que tramou golpe de Estado
Tipo Notícia
Alexandre de Moraes argumentou por cinco horas antes de revelar seu voto no julgamento do núcleo crucial da trama golpista  (Foto: Rosinei Coutinho/STF)
Foto: Rosinei Coutinho/STF Alexandre de Moraes argumentou por cinco horas antes de revelar seu voto no julgamento do núcleo crucial da trama golpista

Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e relator do julgamento que condenou Jair Bolsonaro (PL) e outros sete a crimes ligados a tentativa de golpe de Estado, afirmou que era o ex-presidente que liderava a organização criminosa e incita os discursos.

Durante voto da ministra Cármen Lúcia nesta quinta-feira, 11, que formou maioria pela condenação dos réus, Moraes mostrou vídeos em que mostram apoiadores com faixas pedindo intervenção militar e apoio a Bolsonaro.

"Era o mesmo discurso, criado pela organização criminosa. 'Intervenção militar', 'Bolsonaro Presidente'", disse Moraes.

Em seguida, o ministro afirmou que as faixas não eram de "Mauro Cid Presidente" — arrancando risadas dos presentes — ou nenhum dos outros sete condenados, mas sim de Bolsonaro, quem liderava o grupo.

"Aqui não está 'Mauro Cid presidente'. Aqui não está 'Braga Netto presidente'. Não está 'Garnier presidente'. Não está 'Anderson presidente'. Não está 'Ramagem presidente'. Aqui não está os demais réus. Aqui está o líder da organização criminosa presidente", declarou.

Ao mostrar a imagem do homem que destruiu relógio histórico de dom João VI no Palácio do Planalto, Moraes afirmou: "Ele não está com a camisa de nenhum dos outros réus. Está com a camisa do líder da organização criminosa, Jair Messias Bolsonaro", completou.

O tenente-coronel Mauro Cid era o ajudante de ordens do ex-presidente e ao lado do general Braga Netto, os únicos condenados pelo ministro Luiz Fux por tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito. Todos os demais, incluindo Bolsonaro, foram absolvidos pelo voto de Fux.

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