"Polarização": um lado defende a Justiça e o outro, condenados
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Guilherme Gonsalves escreve sobre política cearense com foco nas atuações Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) e Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor), mostrando os seus bastidores desdobramentos no jogo político e da vida do cidadão. Repórter de Política do O POVO, setorista do Poder Legislativo, comentarista e analista. Participou do programa Novos Talentos passando pelas editorias de Audiência e Distribuição e Economia, além de Política. Também escreve sobre cinema para o Vida&Arte
"Polarização": um lado defende a Justiça e o outro, condenados
A dita polarização que dizem é entre um grupo que quer a Justiça funcionando e outro que defende gente culpada
Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados
HUGO Motta conduziu a articulação e a votação
O Brasil está polarizado, dizem. Quem seriam os polos distintos? De um lado estão os que defendem Justiça e do outro estão os que querem impunidade para criminosos.
Anistia é extinção de uma culpabilidade criminosa. Simplesmente isso. Não se pede anistia pra quem é inocente, a quem não seja condenado e quem não é culpado. Esse é o cerne da anistia.
Os vândalos do 8 de janeiro invadiram sedes do poder, destruíram, atacaram, quebraram e foram presos. O que tem de exagero aí? Cumpra-se a lei.
A Débora do batom não está presa porque pichou a estátua da justiça, além disso configurar ato irregular, mas sim porque é uma vândala que participou de um grupo que tinha o objetivo de abolir o Estado Democrático de Direito. É um crime gravíssimo.
E é curioso como mudou a gravidade dos fatos à medida em que foram sendo derrubadas as desculpas. Antes não havia violência, depois houve, mas eram infiltrados, depois querem anistia. Ué, querem anistia para um bando de infiltrados esquerdistas que queriam sujar a imagem de um grupo dito defensor da lei.
E lá não eram velhinhas com a Bíblia. A própria Débora citada nem é idosa e nem estava com a Bíblia.
O Congresso Nacional não tem o menor esforço em votar pautas que melhorem a vida do brasileiro. Adora deblaterar para assuntos próprios.
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), não tem a qualificação necessária para o cargo que ocupa. Para sentar na cadeira da presidência, ele teve dificuldades quando obstruíram a Câmara. E agora quer dizer que vai pacificar o país cedendo a pressões e pautando a urgência de um projeto sem ter um texto definitivo
Não existe polarização nesse sentido. Não são ideias sobre liberalismo econômico, qual a melhor forma para combater as desigualdades sociais, como o Estado pode auxiliar a população mais carente. Não.
A dita polarização que dizem é entre um grupo que quer a Justiça funcionando e outro que defende gente culpada. Só se pede anistia para condenados.
Não querer mais condenar criminosos. É mais uma arrumação deste Congresso que desafia a inteligência do povo.
Falando em querer perdoar criminosos, essa urgência toda para votar a anistia vem logo após os deputados decidirem que poderão cometer todas as infrações, e olha que já são vários investigados, se eles mesmos decidirem.
Tem tudo pra dar certo isso. Acho que eles um dia vão querer, sim, investigar os seus próprios crimes.
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