Há um ano, André Fernandes terminava o 1º turno na liderança para prefeito de Fortaleza
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Guilherme Gonsalves escreve sobre política cearense com foco nas atuações Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) e Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor), mostrando os seus bastidores desdobramentos no jogo político e da vida do cidadão. Repórter de Política do O POVO, setorista do Poder Legislativo, comentarista e analista. Participou do programa Novos Talentos passando pelas editorias de Audiência e Distribuição e Economia, além de Política. Também escreve sobre cinema para o Vida&Arte
Foto: AURÉLIO ALVES
FORTALEZA, CEARÁ, BRASIL- 06.10.2024: Comemoração de Andre Fernandes no comite com apoiadores. (Foto: Aurélio Alves/O POVO)
Dia 6 de outubro de 2024. Fim da tarde, começaram a sair os primeiros resultados de momento da eleição para prefeito de Fortaleza. O que no início estava disputado começou a mudar à medida que iam divulgando os votos das urnas da Capital. André Fernandes (PL) "atropelou" Capitão Wagner (União Brasil), o então prefeito José Sarto (PDT) e Evandro Leitão (PT).
Cheguei à redação do jornal e em poucos minutos me direcionei para o comitê principal do candidato bolsonarista que liderava as pesquisas de intenção de voto de véspera da data da eleição. No local, era folia.
Dezenas de apoiadores logo se tornaram centenas. Paredões tocavam os jingles de campanha que viralizaram no Brasil, e a confiança era grande. Já pela noite, André Fernandes chegou ao local e subiu no palco nos braços de aliados e com diversos apoiadores efusivos.
Parecendo um "popstar", o candidato "improvável", como o próprio se intitulou, desceu do palco tirou fotos e subiu numa caixa de som para discursar, mas demorou até sair a sua primeira palavra, devido à euforia da multidão. André não conseguia esconder no rosto o olhar de surpresa misturado com entusiasmo. Ele era o homem do momento.
Em primeira mão, Fernandes tocou as duas novas músicas de campanha que ficaram marcadas no segundo turno. Uma que fazia alusão aos times do Ceará e do Fortaleza, "quem é vozão não vota Leitão", "quem é leão não vota Leitão". E outra mais ameaçadora. "Daqui pra frente, aqui em Fortaleza, só vai dar Leitão se for na churrasqueira".
Acompanhei o discurso do lado esquerdo do palco, visão privilegiada para poder olhar atentamente não só o que o candidato falaria, como também as reações dos presentes. Vereadores bolsonaristas efusivos olhavam para os celulares e viam o restante da apuração.
André Fernandes teve 562.305 votos, terminando o primeiro turno com 40.20% dos votos, quase seis pontos à frente de Evandro Leitão, o segundo colocado.
"Eu só tenho gratidão ao povo de Fortaleza. Gratidão por ter me colocado em primeiro lugar. Eu que lá atrás era chamado de improvável pelos políticos que estão aí. O improvável terminou em primeiro lugar, mas não é graças a mim, é graças ao povo de Fortaleza. Agradeço a Deus que nos deu força, vigor e coragem de estar aqui, e sabedoria, acima de qualquer coisa", afirmou.
Todos quem que eu falava no dia já diziam que a eleição tinha acabado ali, não precisava nem de segundo turno. Os políticos aliados de outros candidatos com quem conversei falavam já em tom de preocupação, embora tentassem demonstrar otimismo.
O clima da equipe vencedora do primeiro turno era o melhor possível. A eleição estava na mão e seria muito difícil de perder.
Daqui 20 dias volto para contar como foi o dia 27 de outubro, data do segundo turno. Desta vez, trazendo impressões e relatos do lado do comitê de Evandro Leitão na eleição mais disputada do Brasil e da história de Fortaleza.
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