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Caso André Fernandes deve abrir temporada de punições na Assembleia Legislativa
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Henrique Araújo é jornalista e mestre em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Articulista e cronista do O POVO, escreve às quartas e sextas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades e editor-adjunto de Política.

Caso André Fernandes deve abrir temporada de punições na Assembleia Legislativa

Tipo Análise
 CPI  pode ser instalada na para investigar atuação de associações de PMs durante o motim de 2020
 (Foto: Junior Pio / AL-CE Divulgação)
Foto: Junior Pio / AL-CE Divulgação  CPI pode ser instalada na para investigar atuação de associações de PMs durante o motim de 2020

Caso se confirme nesta quinta-feira, 20, a provável suspensão de André Fernandes (Republicanos) por 30 dias não deve ser a única nos próximos meses.

A sanção aplicada, e os holofotes atraídos para o Legislativo no último ano, ajudaram a colocar no centro das atenções políticas processos pendentes contra outros parlamentares na Casa, de maior ou menor gravidade.

Para ficar nos mais rumorosos: Osmar Baquit (PDT) e Leonardo Araújo (MDB) quase se engalfinharam no plenário da AL em março deste ano. Como consequência, ambos respondem a processo disciplinar no Conselho de Ética.

Se adotado agora, o cartão amarelo para Fernandes logo se converterá em combustível para que o Legislativo se volte aos demais, investindo-se da mesma cota de energia.

Do contrário, estaria reafirmando aquilo que o deputado do Republicanos vem repetindo, sem razão: o argumento segundo o qual é vítima de perseguição.

Mas não para aí. O próprio Fernandes é alvo de outras ações, uma por ter sugerido que o secretário da Saúde do Estado pressionou médicos a fraudar boletins, de modo a inflar números de Covid no Ceará. Não é coisa trivial também.

Na fila há ainda o deputado Bruno Gonçalves (PL), personagem de áudio vazado e sob investigação do Ministério Público, no qual ofereceria dinheiro em troca de apoio. É outro episódio com potencial para criar estardalhaço imenso, quiçá cassação. 

Para assegurar isonomia na Casa, o Parlamento terá de dar o mesmo andamento ao que decidir amanhã, seja a suspensão ou adoção de medida mais branda.

Foto do Henrique Araújo

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