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A uma semana do fim das convenções, dúvidas são maiores do que certezas
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Henrique Araújo é jornalista e mestre em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Articulista e cronista do O POVO, escreve às quartas e sextas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades e editor-adjunto de Política.

A uma semana do fim das convenções, dúvidas são maiores do que certezas

Tipo Notícia
Capitão Wagner (Pros), Luizianne Lins (PT), Renato Roseno (Psol) e Heitor Ferrer (SD): oposição nas eleições municipais em Fortaleza (Foto: REPRODUÇÃO)
Foto: REPRODUÇÃO Capitão Wagner (Pros), Luizianne Lins (PT), Renato Roseno (Psol) e Heitor Ferrer (SD): oposição nas eleições municipais em Fortaleza

A uma semana do fim das convenções, as dúvidas superam as certezas no cenário eleitoral da capital cearense. A esta altura, não se sabe quem é o vice do PT, quem é o titular do PDT, se o PSDB terá candidato mesmo ou apoiará outra legenda e qual, se da situação ou da oposição.

E o MDB? Deve decidir até sexta-feira, 11, avisa o ex-senador Eunício Oliveira. Candidatura própria ou apoio a outra força? Segundo o emedebista, coligação é o cenário mais provável.

Considerando-se que o PSB deve ir com o PDT na disputa, ao MDB resta o PT e vice-versa, numa resultante que teria expressividade eleitoral, mas cuja justificativa pública encontraria resistências.

No PSB não é diferente. Pré-candidato do partido, Élcio Batista observa o jogo. Tudo indica que será o “camilista” na chapa do prefeito Roberto Cláudio (PDT), que está às voltas com o bom problema de escolher um entre cinco.

Élcio é o secretário licenciado da Casa Civil de Camilo Santana. Deixou o Abolição naquela dupla manobra no limite do prazo de desincompatibilização: um petista para o caso de aliança com o PDT (Nelson Martins) e um pessebista (Élcio) para o caso de PDT e PT saírem separados, de modo a garantir a cota do governador na chapa.

Mas o PSDB não negocia com a legenda trabalhista? Sim. Ocorre que, como disse o senador Cid Gomes meses atrás, o parceiro preferencial pedetista é o PSB, e não o tucanato.

Logo, tendo perdido o trem da vice de Capitão Wagner (Pros), o PSDB arrisca perder o do PDT também.

Obviamente há sempre a possibilidade de aliança sem ocupar a vice numa chapa. Acordo programático. Afinal, um governo vitorioso precisa de quadros. Em política, no entanto, há sempre objetivos imediatos e os de longo prazo.

Então o PSDB trocou uma postulação própria pela promessa num futuro incerto? A ver.

Para finalizar, Heitor Férrer (SD) segue cortejado como vice. Ao menos três legendas o procuraram. Avalia acordo com duas. Uma é o MDB.

A hipótese de aliança com o PT de Luzianne Lins não pode ser descartada, contudo.

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