Logo O POVO+
Com apoio do MDB, Heitor vai do isolamento a candidato com força para ir ao 2º turno
Foto de Henrique Araújo
clique para exibir bio do colunista

Henrique Araújo é jornalista e mestre em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Articulista e cronista do O POVO, escreve às quartas e sextas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades e editor-adjunto de Política.

Com apoio do MDB, Heitor vai do isolamento a candidato com força para ir ao 2º turno

Tipo Notícia
ACERTO entre Eunício e Heitor foi selado na noite de ontem (Foto: Divulgação)
Foto: Divulgação ACERTO entre Eunício e Heitor foi selado na noite de ontem

Anunciado nesta segunda-feira, 14, o apoio do MDB de Eunício Oliveira a Heitor Férrer (SD) assegura ao deputado e pré-candidato não apenas o fim do isolamento. Mas a possibilidade real de chegar ao segundo turno em Fortaleza.

Com dificuldades de fechar aliança, Heitor se queixava, até melancolicamente, de que não lhe havia restado muito depois da rede de arrastão do governismo e da oposição, sobretudo de Capitão Wagner (Pros).

Um dos poucos ainda solteiros no baile eleitoral, o MDB é partido com força no Ceará e bancada expressiva no Congresso.

Cortejado por PT e Heitor, Eunício vinha adiando a decisão sobre o futuro. Na sexta-feira passada, chegou a conversar com Camilo Santana (PT) sobre o quadro local.

Três dias depois, preteriu uma chapa com a deputada federal Luizianne Lins em favor de uma parceria com Heitor.

Aderir à petista teria ampliado exponencialmente a capacidade da postulante de encarar adversários na disputa, entre eles José Sarto (PDT), cujo vice é um aliado de Camilo – seu correligionário.

Mas Eunício optou por outro caminho. Instado a se posicionar, encontrou solução que não contraria de todo o governador, tampouco deixa de recolocá-lo na briga.

Pode ter sido casual que o emedebista tenha escanteado Wagner e Luizianne após trocar figurinhas com o Abolição. Mas pode haver cálculo político também nessa jogada.

Se era para derrotar os Ferreira Gomes, como pretende o ex-senador, Eunício tinha à mão dois nomes com mais condições políticas.

Entre vencê-los e conciliar interesses locais, preservando laços com o governador, talvez tenha entendido que era melhor ficar no meio termo.

Construiu uma candidatura competitiva de centro ao lado de um pré-candidato que não representa essa franca oposição associada aos postulantes do PT e do Pros.

Foto do Henrique Araújo

Política como cenário. Políticos como personagens. Jornalismo como palco. Na minha coluna tudo isso está em movimento. Acesse minha página e clique no sino para receber notificações.

O que você achou desse conteúdo?