Henrique Araújo é jornalista e mestre em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Articulista e cronista do O POVO, escreve às quartas e sextas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades e editor-adjunto de Política.
Mesmo considerando-se a margem alta de erro, de 4 pontos porcentuais, a pesquisa Ibope é um choque de realidade para parte dos candidatos à Prefeitura de Fortaleza. Trato de seus principais efeitos.
Para Capitão Wagner (Pros), que tem 28%, significa que aquela possibilidade de vencer ainda no primeiro turno, se já era remota, agora é totalmente improvável. O levantamento também mostra vantagem numérica menor e rejeição maior do nome do Pros.
Para a petista Luizianne Lins (23%), cuja intenção de voto se imaginou que fosse erodir com o tempo, é um alento. Não apenas se mantém na segunda colocação, como está em empate técnico com Wagner. Maior dificuldade da candidata do PT? Alta rejeição: 36%, ante 33% do líder da sondagem.
Para José Sarto (PDT), empatado tecnicamente com Luizianne, a pesquisa emitiu ótimo sinal de que a estratégia tem surtido efeito, sobretudo com a dose de 4 minutos de exposição todos os dias na propaganda. O pedetista larga praticamente com o mesmo percentual de Roberto Cláudio quando concorreu em 2012, também a pouco mais de um mês do primeiro turno. É bastante coisa para nome pouco conhecido do eleitorado.
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