Logo O POVO+
ANÁLISE | Camilo tem um alvo: Capitão Wagner
Foto de Henrique Araújo
clique para exibir bio do colunista

Henrique Araújo é jornalista e mestre em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Articulista e cronista do O POVO, escreve às quartas e sextas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades e editor-adjunto de Política.

ANÁLISE | Camilo tem um alvo: Capitão Wagner

Tipo Análise
Governador Camilo Santana de olho nas disputas no Cariri (Foto: Deisa Garcêz/Especial para O Povo)
Foto: Deisa Garcêz/Especial para O Povo Governador Camilo Santana de olho nas disputas no Cariri

Se já não o havia feito antes, o governador Camilo Santana (PT) deixou claro hoje que o seu alvo na campanha em Fortaleza é Capitão Wagner (Pros).

As críticas que lançou ao candidato, talvez as palavras mais duras já ditas pelo petista em sua trajetória política, não deixam margem para qualquer dúvida: o chefe do Abolição é o principal antagonista do líder das pesquisas.

Ao chamá-lo de candidato “do ódio e da mentira”, Camilo fez uma cisão radical entre as candidaturas. De um lado estão Luizianne Lins (PT) e José Sarto (PDT) e do outro, o representante do Pros, a quem ele associa ao que há de “pior na política”, segundo suas palavras.

É como se dissesse: qualquer um desses dois, menos Wagner. Assumiu de vez o papel de anti-Capitão.

São ataques contundentes e sistemáticos. Têm como propósito o enfraquecimento de Wagner, que encabeça todos os levantamentos de intenção de voto até aqui.

Não à toa, Wagner silenciou. O entendimento é de que responder ao chamamento de guerra de Camilo é municiá-lo e abrir oportunidade para que o governador retruque, como tem feito sempre que pode, pelas redes sociais.

A aposta do grupo governista é de que a estratégia pode surtir efeito e tirar pontos do deputado federal na briga pela sucessão. É uma hipótese que a próxima rodada de pesquisa deve confirmar ou descartar.

Caso confirme, a artilharia aumenta naturalmente de intensidade na reta final. Mas caso não, vão restar poucas armas na mesa.

Foto do Henrique Araújo

Política como cenário. Políticos como personagens. Jornalismo como palco. Na minha coluna tudo isso está em movimento. Acesse minha página e clique no sino para receber notificações.

O que você achou desse conteúdo?