Com Sarto à frente, Datafolha acende alerta para Wagner
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Henrique Araújo é jornalista e mestre em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Articulista e cronista do O POVO, escreve às quartas e sextas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades e editor-adjunto de Política.
A nova rodada da pesquisa O POVO/Datafolha trouxe movimentações importantes em relação aos levantamentos anteriores na disputa pela Prefeitura de Fortaleza.
Primeiro, invertem-se as posições na véspera da votação. Embora sigam empatados dentro da margem de erro, Capitão Wagner (Pros) cede a primeira colocação para José Sarto (PDT), que assume numericamente a liderança da corrida eleitoral.
Considerados apenas os votos válidos, o placar é de 32% para Sarto e 31% para Wagner, ambos à frente de Luizianne Lins (PT), com 19%. Em votos totais, Sarto tem 29%, Wagner 28% e Luizianne 17%.
A se confirmar a projeção, o candidato do Pros é ultrapassado na reta final da disputa. Há um efeito simbólico, portanto, já que Wagner esteve durante quase todo o tempo no topo de todas as sondagens até hoje.
Mas há também o efeito real: o resultado confirma trajetória ascendente do pedetista, que assegura bom desempenho nas simulações de segundo turno, derrotando seus principais adversários.
Esse é outro ponto com o qual o republicano tem de se preocupar. Se, na rodada anterior, Sarto detinha 47% contra 41% do representante do Pros, agora a diferença se ampliou para além da margem de erro a favor do candidato trabalhista.
Some-se a isso o crescimento da rejeição do deputado federal, que passou de 40% para 41%, e Wagner tem um problema para resolver, sobretudo porque aparece atrás no placar e precisa reverter esse quadro.
No segundo turno, as tarefas primordiais do prefeiturável deveriam ser: 1) baixar a rejeição e 2) ampliar a sua base de apoio, atraindo votos dos postulantes que eventualmente não avancem à etapa seguinte, tais como Luizianne, Heitor Férrer (SD), Célio Studart (PV) e Heitor Freire (PSL).
Os últimos movimentos de Wagner antes da votação, no entanto, mostram-no mais fechado em torno do grupo dos evangélicos e de parlamentares bolsonaristas. É um gesto que dificulta as suas chances de consolidar conquistas fora do campo ideológico no qual já tem preferência.
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