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Saída de Camilo do PT é "boato" e "especulação", dizem petistas
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Henrique Araújo é jornalista e mestre em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Articulista e cronista do O POVO, escreve às quartas e sextas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades e editor-adjunto de Política.

Saída de Camilo do PT é "boato" e "especulação", dizem petistas

Tipo Notícia

Possível desfiliação do governador Camilo Santana do Partido dos Trabalhadores (PT) foi tratada por membros da sigla como “especulação” e “boato infundado”.

Vice-presidente nacional do PT, o deputado federal José Guimarães afirma que esse rumor não tem consistência. “Acho isso pura especulação. Não acredito que tenha qualquer fundamento”, classifica.

O petista relata que ainda ontem esteve com Camilo e “ele não tocou nesse assunto”.

Entre vereadores da legenda, o tema é tratado como “fofoca política”. Larissa Gaspar conta que “não tem informação” sobre isso, enquanto Ronivaldo Maia acredita se tratar de “uma narrativa”.

Não é a primeira vez que a possibilidade de saída de Camilo do PT aparece no cenário político. No início do ano, houve conversa nesse sentido, mas na esteira de convite que o PSB de fato fez ao governador.

Presidente pessebista e deputado federal, Dênis Bezerra admitiu à época ter convidado Camilo para integrar a agremiação socialista, da qual já faz parte Élcio Batista, vice-prefeito eleito indicado pelo petista na chapa com José Sarto.

De lá para cá, no entanto, o PSB não renovou esse convite, segundo fonte do partido ouvida pela coluna. “Não houve um novo convite”, disse.

Candidato a vice-prefeito na chapa de Luizianne Lins (PT) à Prefeitura de Fortaleza, Vladyson Viana classifica a tese de saída de Camilo como “boato infundado” e diz que “muita gente de fora do PT tinha interesse que ele saísse realmente”.

“Camilo tem uma posição clara”, continua Viana, “uma opinião que muitas vezes não é majoritária, mas isso nunca atrapalhou o seu compromisso com o PT”.

O petista lembra que “Camilo está no PT há quase duas décadas” e que o chefe do Executivo estadual “tem compromisso histórico” com a legenda, mas que “cabe ao PT ter cuidado para nutrir essa relação, que precisa ser cuidada porque pode se desgastar”.

Em seguida, projeta que a perspectiva da sigla é que o governador cumpra papel decisivo em 2022, na mediação de eventuais alianças no campo da esquerda. E que também concorra ao mandato como senador da República.

A coluna procurou interlocutores de Camilo no Palácio da Abolição para comentar o assunto. Eles asseguram que desfiliação de Camilo não tem nenhuma consistência.

Procurado, o presidente estadual do PT, Antônio Filho, o Conin, ainda não respondeu. O vereador Guilherme Sampaio, dirigente municipal, também foi contatado, mas não houve retorno até agora.

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