Novo titular da Sesa é escolha de segurança de Camilo
Henrique Araújo é jornalista e mestre em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Articulista e cronista do O POVO, escreve às quartas e sextas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades e editor-adjunto de Política.
Novo titular da Sesa é escolha de segurança de Camilo
Governador Camilo Santana (PT) anunciou nesta quinta-feira Marcos Gadelha como novo chefe da Sesa no lugar de Cabeto, que deixou a pasta no início da semana
Anunciado pelo governador Camilo Santana (PT) como novo secretário da Saúde do Estado, o médico Marcos Antônio Gadelha Maia tem dois desafios imediatos pela frente: um é evitar que o Ceará se torne hub de variantes da Covid-19.
O estado já registrou ao menos duas delas, a Alfa e a Delta, com casos de transmissão comunitária que requerem atenção, principalmente por não se saber ainda o grau de transmissibilidade dessas novas cepas.
Outro desafio para o novo gestor é a pressão que certamente haverá para que o estado realize a festa de Réveillon, decisão que deve estar amparada num rigoroso processo de avaliação sanitária levado a cabo pelo secretário e sua equipe. Mas não apenas: fazer ou não o evento será ainda decisão política que compete unicamente ao governador.
Não custa lembrar que os episódios de maior desgaste do ex-secretário Cabeto à frente da Sesa se deram justamente nesses embates com setores mais vocais e cujo lobby tem mais influência na esfera de mando. Nessas horas, como o novo secretário irá se comportar?
Fora isso, há missões importantes que Gadelha tem pela frente, como a conclusão da agenda de vacinação de cearenses, já encaminhada por Cabeto, a quem Camilo novamente agradeceu nesta quinta-feira, 19, ao comunicar sua escolha.
Nomeado pelo governador, Marcos Gadelha é uma opção de segurança. Um nome de dentro da gestão, que exerce funções desde o início do mandato de Camilo, que conhece bem a pasta e as diretrizes que o chefe do Executivo estadual pretende manter com a saída de Cabeto, que não representa ruptura, mas continuidade.
Além disso, é profissional que, chegado o período de desincompatibilização eleitoral, não terá de se desincumbir da tarefa de chefiar a Saúde, como poderia ocorrer caso a escolha para o substituto de Cabeto recaísse sobre outro cotado para a Sesa.
Pelo nome ao final ungido, o recado do governador é claro: não muda nada. Justiça seja feita: nem há motivo para que se altere o que vinha tendo êxito, com eventuais correções de rota e prudência nesse momento de reabertura em euforia com a proximidade dos festejos de fim de ano e Carnaval.
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