Henrique Araújo é jornalista e mestre em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Articulista e cronista do O POVO, escreve às quartas e sextas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades e editor-adjunto de Política.
Pré-candidato da oposição ao Governo do Estado, o deputado federal Capitão Wagner (Pros) já começ0u a montar o diretório estadual do União Brasil no Ceará.
“Estamos montando o diretório local e consultando as pessoas que farão a composição”, disse o parlamentar à coluna.
Embora o martelo não tenha sido batido oficialmente sobre o comando do partido, disputado por Wagner e o senador Chiquinho Feitosa (DEM), o deputado está confiante quanto ao desfecho.
Presidente nacional da megalegenda, o também deputado federal Luciano Bivar prometeu ao colega de Câmara o diretório do União Brasil, sigla resultante da fusão entre DEM e PSL.
Bivar esteve com Wagner no Ceará recentemente durante almoço no qual reuniu nomes que teriam interesse em migrar para o novo partido.
Para o pré-candidato ao Abolição, o controle do União Brasil é peça fundamental na sua estratégia para derrotar o grupo liderado por Ciro e Cid Gomes no Ceará.
Maior agremiação nacional, com gorda fatia do tempo de propaganda e recursos do fundo eleitoral e partidário, o UB, caso se confirme a presidência nas mãos de Wagner, deve ser o novo endereço de deputados e prefeitos que hoje estão no PSDB cearense.
Entre eles, os deputados estaduais Nelinho, Fernanda Pessoa, o federal Danilo Forte e o prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa.
Além do União Brasil, o deputado tenta assegurar a ida do PL para a sua campanha. Hoje presidido por Acilon Gonçalves, prefeito de Eusébio, o partido está dividido entre uma ala bolsonarista e outra governista.
Reconduzido para a direção local do PL na comissão provisória, Acilon ainda aguarda definição nacional sobre diretriz eleitoral que vai nortear os caminhos do PL no Ceará, seja com um candidato próprio ao Governo, seja apoiando um nome de outra legenda, como Capitão Wagner.
O deputado tenta, nesse duplo movimento, suprir lacunas de processos eleitorais anteriores, nos quais, mesmo com densidade de voto capital cearense, não conseguiu atrair grandes apoios.
Com a possível adesão do União e do PL, ele praticamente sanaria o problema e chegaria à corrida pelo Governo em 2022 lastreado numa aliança mais robusta do que a de pleitos passados.
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