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Pesquisa com pré-candidatos causa mal-estar entre deputados do PDT
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Henrique Araújo é jornalista e mestre em Literatura Comparada pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Articulista e cronista do O POVO, escreve às quartas e sextas-feiras no jornal. Foi editor-chefe de Cultura, editor-adjunto de Cidades e editor-adjunto de Política.

Pesquisa com pré-candidatos causa mal-estar entre deputados do PDT

À coluna, uma fonte informou que parlamentares da legenda se reuniram virtualmente neste domingo (3) para discutir o assunto e suas repercussões no processo interno de escolha do representante da sigla na disputa eleitoral
Tipo Notícia
Ciro Gomes (Foto: Samuel Setubal / Especial para O POVO)
Foto: Samuel Setubal / Especial para O POVO Ciro Gomes

Com previsão de divulgação a partir desta segunda-feira, 4, a pesquisa de intenção de voto contratada pelo PDT com os nomes dos pré-candidatos do partido ao Governo tem causado mal-estar em parte dos deputados estaduais pedetistas.

À coluna, uma fonte informou que parlamentares da legenda se reuniram virtualmente neste domingo (3) para discutir o assunto e suas repercussões no processo interno de escolha do representante da sigla na disputa eleitoral.

Entre os pontos que vêm causando incômodo, está principalmente o fato de que a sondagem já havia sido contratada e seu questionário, elaborado, quando o presidenciável Ciro Gomes (PDT) anunciou que o levantamento seria feito e divulgado.

A novidade foi comunicada pelo pedetista durante reunião com os quatro pré-candidatos na terça-feira da semana passada, dia 28. Participaram do encontro a governadora Izolda Cela, o ex-prefeito Roberto Cláudio, o deputado estadual Evandro Leitão e o deputado federal Mauro Filho.

A sondagem, no entanto, já estava na rua desde o dia anterior, 27/6 – o campo da pesquisa se estendeu até a sexta-feira, 1º/7. A nota fiscal com registro do pagamento, no valor de R$ 154,5 mil, data de 24 de junho. A formalização no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi em 28/6.

Deputados também se queixam de que o questionário aplicado é enxuto, sem avaliar potenciais apoios aos nomes do PDT, mas unicamente o grau de conhecimento dos postulantes e o desempenho de cada um contra o principal oponente do grupo, o deputado federal Capitão Wagner (União Brasil).

Essa não é a primeira manifestação de reserva em relação à pesquisa do PDT. Dois dias depois das falas de Ciro, Izolda foi às redes sociais para minimizar a importância da ferramenta como parâmetro para deliberação sobre o cabeça de chapa do governismo.

“Para além de pesquisa, que fornece apenas o retrato do momento, a mais de três meses da eleição”, disse a gestora, “penso que é preciso ter sempre em mente que o amplo diálogo e a união de forças têm sido fundamentais para o Ceará seguir em frente com realizações importantes”.

Sob responsabilidade da Quaest Pesquisas, o levantamento prospecta a chance de o eleitor votar em uma lista de nomes sugeridos, entre os quais se incluem Eunício Oliveira (MDB) e Luizianne Lins (PT) – além dos pedetistas, de Wagner e de Adelita Monteiro, pré-candidata do Psol.

A sondagem apura ainda a avaliação do governo Izolda e do ex-governador Camilo Santana (PT) e a intenção de voto para presidente da República, com cenários de segundo turno testados.

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